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Por causa de lama, ambulância não consegue chegar a tempo e idosa morre no Caladinho

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Whidy Melo

A idosa Raimunda Joana Linhares da Silva, de 73 anos, morreu antes de receber o devido atendimento por problemas de infraestrutura no bairro Caladinho, na periferia de Rio Branco, onde morava. As informações são de familiares e vizinhos. O caso aconteceu na noite de ontem (14) e foi denunciado em uma rede social.


Segundo familiares ouvidos pelo ac24horas, por volta das 17:45, dona Raimunda, que tinha problemas cardíacos e pulmonares, começou a sentir uma pressão no peito, se queixando de dor intensa. A pastora Cosma Aquino e seu esposo foram solicitados para interceder espiritualmente pela situação, mas ao notar a gravidade, ligaram pedindo o socorro de uma equipe do SAMU.


Segundo narrado por testemunhas, a equipe do SAMU que atendia a ocorrência teria se perdido no bairro, tendo sido necessário que populares fossem ao encontro da ambulância. No entanto, os socorristas não teriam conseguido se aproximar da Rua Chapecoense, local da ocorrência, por causa da lama e passaram a fazer o percurso a pé. A família estima que, da ligação para o SAMU até a chegada na residência, os paramédicos tenham levado cerca de 50 minutos, mas acreditam que a demora está relacionada a dificuldade de acesso às ruas do bairro.


“Deixaram o carro lá em cima, os paramédicos vieram a pé. Disseram que teriam que levar até a ambulância, meu irmão levou nos braços. Quando estava perto da ambulância ela desmaiou, tentaram reanimar mas não deu. Chamaram a 01 só pra atestar o óbito”, disse Maria das Dores da Silva e Silva, filha de Raimunda, de 44 anos.


Maria Chaguinha da Silva e Silva, 37 anos, que também é filha de dona Raimunda Joana, não fez qualquer reclamação da equipe de saúde, mas acredita que o problema das ruas em péssimo estado no Caladinho tenha colaborado para a morte de sua mãe: “se tivesse chegado mais rápido, teriam conseguido salvar minha mãe. Estou arrasada. Não tenho explicação. Minha mãe era parceira, amiga, não sei o que fazer da minha vida daqui pra frente. Tenho 37 anos e nunca fiquei longe dela”, desabafou.


Raimunda Joana Linhares da Silva deixa 8 filhos e 5 netos, e teria um retorno com uma cardiologista na Fundação Hospital do Acre amanhã (16).


Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado disse que pelas informações disponíveis no sistema interno do Serviço Móvel de Urgência, o SAMU, uma ambulância chegou ao local da solicitação às 18:08, com chamado de prioridade amarela. No local a paciente apresentou sinais de parada cardíaca. Foram iniciados os primeiros socorros e com a chegada da Unidade de Suporte Avançado (01) às 18:23, após 40 minutos de tentativas de reanimação, foi declarado o óbito. Não houve qualquer relato de intercorrência.


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Whidy Melo

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