Com apenas quatro registros, o Acre é o 2º Estado com menor número de cavernas conhecidas, segundo o Anuário Estatístico Espeleológico 2021, uma publicação do ICMbio. Com dois registros, Roraima é o Estado brasileiro com menor número de cavernas.
Minas Gerais, com 10.570 (46,72% dos registros), é o Estado brasileiro com o maior número de cavernas conhecidas, seguido pelo Pará com 2.858 (12,63%), Bahia, com 1.694 (7,49%), e Rio Grande do Norte, com 1.362 cavernas (6,02%).
O dado curioso do Acre é que até 2020 não havia registro de caverna no Estado. Em março de 2020 foi noticiada a descoberta da 1ª caverna no Acre, localizada no Parque Nacional da Serra do Divisor.
Desde 2006, o ICMBio disponibiliza dados sistematizados das cavernas brasileiras. Inicialmente por meio da Base de Dados Geoespacializados das Cavernas do Brasil que, em sua primeira edição contava com 4.448 cavernas cadastradas.
Em 2012 a décima milionésima caverna era inserida na Base de Dados. Sete anos depois, em 2019, com a implementação do Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas, a intensificação das pesquisas e as mudanças na legislação afeta ao tema, a vigésima milionésima caverna era inserida na Base de Dados. Em 2021, são 22.623 cavernas conhecidas no território nacional.
Em 2021, 1.118 novas cavernas foram inseridas no cadastro, isso representa uma média anual superior a 1.277 novas cavernas cadastradas nos últimos 13 anos.
Sobre as descobertas no Acre, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), descreveu o seguinte: “Até o ano de 2021, apenas o Estado do Acre não dispunha de dados sobre as cavidades existentes em seu território. No planejamento do Projeto Inventário para 2020/2021 foi incluída uma expedição ao Parque Nacional da Serra do Divisor, pois informações do plano de manejo descrevem a ocorrência de ´grandes cavernas´ (Ibama 1998) no interior da unidade, dado confirmado pelo relato de um morador da comunidade que identificou e divulgou a primeira caverna nas proximidades da localidade de Pé de Serra, área de uso público do parque.
Apesar de não estarem cadastradas no Canie, a ocorrência de cavernas na região da Serra do Divisor foi observada ainda na década de 70, durante as incursões do Projeto RadamBrasil (DNPM 1977), porém sem maiores detalhes da sua localização. Também sem informação das coordenadas geográficas, observa-se o registro fotográfico de uma cavidade na Serra do Divisor em publicação do Serviço Geológico do Brasil, entretanto, não é possível afirmar que se trata de alguma das cavernas prospectadas em 2021.
Em janeiro de 2020, foi publicada a descoberta de uma caverna por um morador local, o Sr. Edson. A partir desse momento, deu-se início às discussões e preparativos para uma expedição ao Acre para realizar trabalhos de prospecção, topografia e orientação aos servidores da UC sobre como proceder em caso de novas descobertas. Já em setembro de 2021, uma semana antes da expedição, foi divulgada a descoberta da segunda caverna por outro morador da localidade de Pé de Serra, nas proximidades da primeira.
As atividades de prospecção e validação no Parque Nacional Serra do Divisor foram realizadas no período de 20 e 29 de setembro de 2021, contando com o apoio da equipe local composta pelo chefe do Parque Nacional da Serra do Divisor, Domingos Inácio, e pelo brigadista Jefferson do Santos. O trabalho contou também com o apoio da comunidade local, por meio dos Srs. Josias (mateiro/guia local), Edemir e Odair (barqueiros).
O resultado da expedição foi divulgado no 36° Congresso Brasileiro de Espeleologia, realizado entre os dias 20 a 23 de abril de 2022, em Brasília, por meio do trabalho dos servidores Daniel Mendonça, Carla Lessa, Claudia Alves e Mauro Gomes, intitulado ´Inventário do Patrimônio Espeleológico Brasileiro: registro, caracterização e topografia de cavernas no Parque Nacional da Serra do Divisor´, que detalhou o cadastro e a topografia das primeiras cavernas identificadas na região.
Durante os dias de campo, foram encontrados e fotografados três cavernas e um abrigo, todos nas proximidades da comunidade Pé da Serra, município de Mâncio Lima, onde foi montada a base operacional da expedição. São eles: Gruta do Edson, Toca da Onça e Toca da Paca”.
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