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Exportação da soja do Acre para a China crescerá 1.297% até 2030, prevê estudo do Ipea

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Edmilson Ferreira

Até 2030, a exportação de soja do Acre para a China pode crescer 1.297,8% e a madeira, 475,9%. O Acre tem seis produtos de interesse imediato, segundo um estudo divulgado sexta-feira (10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): a maioria parte relacionada à madeira e obras de madeira e 1 a peles e couros.


De acordo com o Ipea, 21 dos Estados tiveram aumento de suas exportações para China acima da expansão de suas vendas para o mundo -e o Acre surfou nessa onda com incremento de 19,8%. Além do Acre, os Estados com crescimento médio mais significativo foram: Rondônia (39,6%), Piauí (30,1%), Tocantins (26,2%) e Amazonas (21,3%).


Se houve esforço privado e políticas de incentivo, o total de exportações do Acre para a China podem atingir US$ 3,1 milhões em 2030, aumento de 126,0% em relação à média do período de 2017-2020.


Entre 2012 e 2021 os principais produtos exportados pelo Acre para China foram couros e peles curtidos de bovinos ou de equídeos; outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro, entre outros) serradas; outras madeiras perfiladas de não coníferas; madeiras tropicais perfilada; e outras madeiras serradas.


Embora a China tenha se tornado o parceiro mais importante do Brasil, de todas as regiões e da grande maioria dos estados houve um aumento da concentração das vendas ao país na última década.


A primeira maneira de analisar essa concentração é pela representatividade que os 10 principais produtos possuem na pauta de exportações de cada região e de cada Estado.


Sob essa ótica, houve uma elevação da participação desses produtos, de 88,9% em 2012 para 93,1% 10 anos depois (+4,2 pontos percentuais). Esse percentual é o maior da década e já havia sido registrado em 2018. A concentração das exportações do Brasil nos 10 principais produtos ocorreu também para o mundo no período, de 44,2% para 55,5%.


A magnitude e a evolução da concentração das exportações para a China são distintas quando se compara com outros principais destinos das exportações do Brasil. Para o Mercosul e para os Estados Unidos, por exemplo, houve uma desconcentração das exportações nos 10 principais produtos, de 8,9 e 7,8 pontos percentuais, respectivamente.


União Europeia e Asean também registraram aumento de concentração, de 5,4 e 11,9 pontos percentuais, respectivamente, mas a média das duas regiões no período foi inferior à registrada na China. Os 10 principais produtos representaram em média 55,4% das exportações para a União Europeia, enquanto na Asean o percentual foi de 73,6%. A menor concentração dos embarques para outros destinos pode indicar espaços a serem aproveitados para diversificação das exportações do Brasil para a China.


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Edmilson Ferreira

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