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Acusados de torturar e matar namorada de faccionado vão a júri popular no Acre

Published by
Sandra Assunção

Os quatro acusados pelo assassinato da jovem Jenáglia Nascimento de Lima, 26 anos, no dia 19 de setembro de 2021, irão a julgamento. A sentença de pronúncia, assinada pelo juiz de Direito Marlon Machado, foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico de ontem (8).


Ainda não há data marcada para a realização do julgamento, que será feito na Comarca de Mâncio Lima.


Um dos que serão julgados é Gleisson Souza Nascimento, vulgo “Pico”, que teria levado a jovem de moto de Cruzeiro do Sul para Mâncio Lima, onde ela foi torturada e morta com um tiro no coração. Ele foi o primeiro a ser preso pelo delegado José Obetânio e os demais não tiveram os nomes divulgados.


De acordo com a representação do Ministério Público, o crime foi praticado por motivo fútil, mediante promessa de pagamento e com utilização de emboscada, recurso que dificultou a defesa da vítima. Dois dos denunciados também são acusados do crime de ocultação de cadáver.


“Ha suficientes indícios de materialidade do crime de homicídio doloso contra a vida da vítima, bem como de que os réus concorreram para a prática dos crimes descritos na denúncia, requisitos autorizadores da pronúncia ao julgamento popular”, citou o magistrado.


Embora as defesas dos acusados tenham alegado inocência, Marlon Machado ressaltou, na decisão, que ainda que exista dúvida, os acusados devem ser submetidos ao julgamento pelo júri popular, que irá decidir acerca da culpa – ou inocência – dos réus quanto aos crimes descritos na denúncia.


O crime


Segundo as investigações, Gleisson Souza Nascimento, vulgo “Pico”, que responde por estupro e roubou a uma motocicleta em Cruzeiro do Sul, sequestrou Jenaglia e a levou para a área onde a jovem foi torturada e morta, no Ramal do Chaparral. Depois disso, ele rompeu a tornozeleira eletrônica e deixou o objeto pendurada em um árvore na casa da mãe dele.


Genagila foi encontrada com as mãos amarradas para frente, com sinais de tortura e um tiro no coração. Ela era apontada como namorada do faccionado Moisés, conhecido por Bebezão , que está preso no Complexo Penitenciário Manoel Neri em Cruzeiro do Sul e a ordem para o homicídio teria partido dele, que segundo a Polícia, teria pago os demais acusados pelo crime.


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Sandra Assunção

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