Marlúcia dos Santos, 31 anos, moradora das margens da BR-364, em região próxima a cidade de Tarauacá, é mais uma vítima de quadrilhas que anunciam vendas falsas na internet.

A vítima caiu em um golpe de um anúncio de venda de uma moto e perdeu todas as economias que tinha juntado, cerca de R$ 3 mil.

Ela conta que negociou uma moto no valor de R$ 6 mil por meio do whatsapp com um homem que se identificou como Fernando Alves, que contou ser morador de Rio Branco e que trabalhava na Comvel, uma empresa de revenda de veículos muito conhecida na capital acreana.

“Ele me disse que era uma loja de carros, mas que tinha recebido essa moto como entrada de um negócio. Fiquei muito animada porque é um sonho ter minha própria moto pra eu poder trabalhar. Ele me falou que os documentos estavam em dia e me mandou localização da loja e uma foto em que aparece a fachada da Comvel. Falei com vários amigos que disseram que conheciam essa loja”, conta Marlúcia.

Acreditando que estava fazendo um negócio sério, Marlúcia foi convencida a fazer um PIX de R$ 3 mil como entrada da motocicleta. “Ele me falou que se eu fizesse o PIX de R$ 3 mil ele já enviaria a moto e os boletos mensais. Comecei a desconfiar quando pedi para ele fazer uma foto da moto já pronta para a entrega. Depois fui ignorada e não recebi até hoje a minha moto e foi quando tive a certeza que tinha caído em um golpe. Não sei se vou conseguir recuperar esse valor, mas quero alertar outras pessoas para que não passem pelo que estou passando”, conta Marlúcia.

Marlúcia registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Tarauacá. No nome da suposta autora do crime consta o nome de Maria Karolayne Mota Silva, com endereço em Fortaleza. Karolayne é o nome para quem foi feito o PIX no valor de R$ 3 mil conforme orientação de Fernando.

“A empresa também é vítima desse golpe”, diz proprietário da Comvel

O ac24horas procurou a Comvel, empresa de venda e compra de carros que atua no mercado há mais de 10 anos. De acordo com um dos proprietários, Augusto Neto, não é a primeira vez que o nome da empresa é usado por golpistas.

“Infelizmente é uma prática comum. Não apenas com a Comvel, mas já fizeram com outras empresas, inclusive a Star Motos. O que orientamos é que qualquer dúvida, procure a empresa e jamais faça pagamento se não for direto aqui na loja. Este cidadão não trabalha conosco e nós mesmos já registramos boletins por conta desse tipo de situação. A nossa loja não tem representante e nem motos a gente comercializa. Orientamos que quem é lesado, procure a polícia É um golpe que acontece em todo o país”, relata.

A reportagem ligou para o número  de telefone que manteve as conversas com Marlúcia, mas o contato não está mais em funcionamento e a linha permanece sem operação.