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Carta de um pai sobre os colégios militares do Acre

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Olá, ac24horas.

Tenho um pequeno artigo de opinião sobre as escolas militares enquanto pai de aluno.

Se houver interesse em divulgar, segue o conteúdo:

Não costumo entrar em polêmicas ou discussões em redes sociais. Acho que a maioria das brigas não vale a pena. Mas, acho que o tema abaixo merece uma reflexão.

Essa semana soube que o MPAC resolveu se voltar contra as escolas militares do Estado.

Li um resumo das recomendações.

Tenho o maior respeito pelo MP. Mas, nesse caso, está prestando um desserviço pra comunidade.

Nenhuma instituição é perfeita, nem as escolas comuns, nem as militares e nem o MP.

Falo com conhecimento de causa. Meu filho estuda no Colégio Tiradentes. Saiu de uma escola particular, em que estudou por anos, e tenho na família professores e coordenadores de escolas públicas comuns.

Com algum esforço, posso pagar uma escola privada pro meu filho. Mas, prefiro a escola militar. No começo, fiquei temeroso. Mas, depois, vi que minha esposa e eu acertamos na escolha.

A escola é muito boa. Tenho mais feedback sobre o Arthur do que em qualquer escola pela qual ele passou. Há um coordenador responsável para cada turma. Um tratamento diferenciado para os pais. Um acompanhamento que eu nunca tinha visto.

Vejo nos profissionais muito amor pelo que fazem e sentimento de responsabilidade pelos alunos. Fui marcado pelo depoimento do vice-diretor, que voltou da reserva para trabalhar na escola, porque viu nisso uma missão de vida a cumprir.

Nas reuniões e formaturas, vejo pais orgulhosos e crianças estimuladas, que anseiam por manter a média de notas pra ganhar um adorno no uniforme que atesta o seu desempenho.

Quem acha que há extremos, se engana. Trata-se de um ambiente bastante razoável.

As vagas são disputadas. Há provas para concorrer a uma cadeira e não são poucos os que tentam alcançar uma.

Perguntem aos alunos se querem deixar a escola militar? Perguntem aos pais se querem que seus filhos mudem de escola?

Na primeira reunião que fui, tive a oportunidade de conversar com um senhor idoso, muito simples e sábio. Eu lhe disse que era marinheiro de primeira viagem ali, então ele narrou a história do neto, que morria de medo da disciplina do colégio e, após alguns meses, não queria deixar a escola por nada.

Há alunos que pegam dois ônibus somente pra estudar lá.

Os bons resultados no IDEB são um sinal de que as coisas vão bem.

Nem tudo são flores, mas é inegável que há jardins que estão precisando de muito mais cuidado e atenção.

Como será que andam as demais escolas públicas do Estado do Acre?

Eu tenho uma boa ideia. As facções estão coaptando nossas crianças cada vez mais cedo. As drogas possuem entrada cada dia mais fácil. Há casos de ameaça e intimidação de professores e de servidores.

Infelizmente, não há mais escolas que são referência de ensino, como antigamente tínhamos o Colégio Acreano, CERB, Neutel Maia e outras.

Você conhece as ações do MP para resolver isso? Quais as recomendações pra que o Estado traga segurança pra alunos, professores e funcionários?

Talvez, haja. Estão dando certo? Acho que não.

A culpa não é do MP. O ensino é colocado em segundo plano há muito tempo. Ensinar bem custa caro e não rende dividendos políticos imediatos.

Mas, questiono a motivação para se insurgir contras as escolas militares.

É possível que seja uma visão equivocada da realidade. Pode ser questão política, doutrinária, ideológica, etc. Na prática, isso não importa. O que importa são as consequências.

No fundo, as medidas visam inviabilizar as escolas militares, enfraquecendo suas características intrínsecas de hierarquia e disciplina.

Com isso, a sociedade perderia uma alternativa de sucesso.

A doutrina militar, que na escola é bastante branda, diga-se de passagem, não é para todos. Eu mesmo não me adaptei quando entrei em contato com ela quando mais jovem.

Provavelmente, nem todos se adaptarão. Para estes, há uma enorme quantidade de escolas, públicas ou privadas.

Nestas, sempre há vagas. Mas, é curioso que disputa pelas cadeiras das escolas militares só aumente.

No fundo, há uma enorme dificuldade de se conviver com o diferente, o que muitos chamam de tolerância.

Nós, muitas vezes, temos dificuldades para compreender que há pessoas que acham melhor viver de uma maneira diferente da qual nós reputamos ser melhor.

Sim. Há aqueles que preferem que seus filhos estudem em um lugar que exija corte de cabelo padronizado, que unhas sejam inspecionadas, que os uniformes sejam idênticos, que as salas sejam limpas pelos próprios alunos, que os banheiros não estejam pichados, sem portas arrancadas ou vasos entupidos com papel.

Por incrível que pareça, tem quem goste de jurar a bandeira, prestar continência, marchar e chegar na escola e não ter equipamento depredado, aluno fumando maconha escondido e zé droguinha repetindo de ano pela terceira vez.

Converso com meu filho todos os dias sobre as aulas. A informação que tenho é que o aluno branco, preto, pobre, rico, gay, hetero, “esperto”, “devagar”, santinho, encapetado, namorador, desconfiado… todos recebem o mesmo tratamento.

Vez por outra, na saída, tenho a oportunidade de ver a dedicação de um mediador (civil) em entregar um aluno especial a sua mãe.

Um fator importante pro sucesso da escola é a aproximação dos pais da comunidade escolar.
Acredito que em poucas escolas há grupos de whatsapp formado com pais de aluno de uma mesma turma, em que é possível receber informações diariamente. Sem falar no contato direto com os coordenadores responsáveis por cada turma.

A Associação de Pais e Mestres é organizada e participativa.

Deixo aqui um apelo ao MPAC. Procure a Associação. Marque uma reunião com os pais dos alunos e professores (que são civis). Façam uma audiência pública. Escutem. Saiam dos gabinetes e passem um dia na escola. Compareçam em uma formatura.

Talvez o MP veja que, na verdade, está buscando inviabilizar uma instituição de sucesso, que deveria ser incentivada.

Infelizmente, há muito não vejo o MPAC tão equivocado.

Breno Bezerra de Souza
Pai de aluno do Colégio Militar Tiradentes

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Aleac vai realizar sessão solene em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo

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A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) vai realizar na próxima segunda-feira (3), às 10 horas, sessão solene em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A sessão solene é fruto de requerimento do presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga (PSDB).

A Aleac convida as entidades e associções que lutam por direitos e atendimento digno aos portadores de transtorno do espectro autista (TEA) no estado do Acre para discutir pautas sobre o autismo.

Para o presidente Luiz Gonzaga, é fundamental que o Legislativo discuta pautas relacionadas a direitos e melhorias no diagnóstico e atendimentos aos acreanos com autismo.

“É importante reuniar associações, profissionais da saúde, órgãos do governo e sociedade civil para debatermos pautas de melhorias para os autistas do nosso estado. Acompanho a dificuldade das famílias por todo o estado em conseguir consultas e tratamento aos portadores de autismo. Essa sessão vai servir para buscamos melhorias para os autistas”, disse Gonzaga.

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Lula liga para Gladson e governador pede apoio aos alagados e construção de casas

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O presidente Lula ligou na manhã desta-feira, 31, para o governador Gladson Cameli para tratar sobre a enchente que atinge o Estado só Acre. Por meio do twitter, o petista também destacou que conversou com o Ministro da Integração, Waldez Góes sobre a atuação do governo federal em apoio aos prefeitos nas enchentes.

“Conversei agora de manhã com o governador do Acre @GladsonCameli sobre as enchentes que atingem o Estado, além do Amazonas, Maranhão e Ceará. Também conversei com o ministro @waldezoficial sobre a atuação do governo federal em apoio aos prefeitos nas enchentes. O governo federal tem trabalhado para atuar com a maior agilidade possível e já foram liberados para emergências humanitárias R$ 300 milhões para mais de 1500 cidades, por conta de chuva na maioria delas, mas também para cidades sofrendo com a seca”, publicou Lula no Twitter.

Atualmente, o governo federal disponibilizou apenas R$ 1,4 milhões para gastos básicos com alimentação e higiene dos mais de 40 mil atingidos pela cheia no Acre.

Um dia antes da ligação de Lula, Gladson havia pedido ao governo federal prioridade na construção de casas populares para retirar as pessoas das zonas de risco da alagação.

O ac24horas apurou que o governador reforçou por telefone uma política pública no Acre para construção de casas. Na oportunidade, ficou pactuado também que o presidente deve vir ao Acre cumprir agenda.

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Com apoio do Fórum Empresarial, Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri estão no Mapa do Turismo  

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Com apoio do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre e do programa Del Turismo, os municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri estão inseridos no Mapa Nacional do Turismo, um instrumento no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo que define a área – recorte territorial – a ser trabalhada prioritariamente pelo Ministério do Turismo para o desenvolvimento das políticas públicas para o setor.

Com a aptidão das prefeituras ao Mapa Nacional do Turismo, os municípios se encontram habilitados a receber recursos do Governo Federal. Sua importância se dá ao fato de que serão desenvolvidos os âmbitos culturais, ecoturismo, rurais, aventura, turismo religioso e o etnoturismo dessas cidades, de forma que recebam mais oportunidades para o desenvolvimento turístico.

O Fórum Empresarial atuou ativamente, por meio da Coordenadora Tíssia Veloso, equipe do Fórum Empresarial e do consultor Estácio Guimarães, em parceria com os secretários municipais Jonas Cavalcante, Jorge Alves e a articuladora local, Edinês Araújo, para obter a reinserção do município de Xapuri ao Mapa do Turismo e a manutenção de Assis Brasil e Epitaciolândia.

O programa Del Turismo visa à implementação de uma política de turismo no estado, por meio de um modelo de gestão capaz de contribuir para o desenvolvimento sustentável local e garantir a continuidade dos projetos de interesse da comunidade, contribuindo para uma melhor qualidade de vida nos municípios, em que atuou auxiliando as três cidades dando suporte na definição dos atrativos turísticos com o maior potencial, no descritivo técnico, além de estar implementando um modelo de gestão sustentável nos municípios.

Outro diferencial é a cooperação existente com todos os membros, pois hoje há uma rede internacional que se reúne quinzenalmente para trocas de experiência e metodologias. Atualmente, o programa está presente em todas as regiões do país e tem como parceiros a Alemanha e Holanda.

Em Assis Brasil, os principais atrativos turísticos são o Carnaval (Carnavassis), o Marco Rondon, o Santuário da Santa Raimunda do Bom Sucesso, visita a aldeias indígenas e Festival de Praia de Assis Brasil.

Em Epitaciolândia, são a Festa de São Sebastião, o Parque Ecológico Wilson Pinheiro e o Dr. Borracha, o seringueiro e artesão José Rodrigues, que produz sapatos de borracha usando uma técnica em que são produzidas ‘folhas de látex’, as chamadas Folha Semi Artefato (FSA). São botas, sapatilhas e até sandálias gladiadoras. O dom de produzir os materiais em látex fez com que o seringueiro ficasse conhecido como ‘Doutor Borracha’.

Já em Xapuri, os principais atrativos turísticos são o Museu Casa Branca, a Casa Chico Mendes, o Museu do Xapury e o Túnel das Seringueiras.

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Casa de Chico Mendes volta a ser atingida pelas águas do Rio Acre

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Como ocorreu em 2012 e 2015, a casa onde viveu e morreu o líder sindical Chico Mendes voltou a ser alcançada pelas águas do Rio Acre.

Único bem tombando pelo Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Cultural (IPHAN), a casa de memórias já teve todo o quintal e a parte do assoalho inundados.

Boa parte da rua Dr. Batista de Moraes, onde está situada a residência histórica, está alagada. O patrimônio, no entanto, não estava aberto ao público, situação que se estende desde o ano de 2018.

O cenário em Xapuri já é parecido com o registrado em 2012, quando o Rio Acre chegou aos 15,57 metros, asegunda maior enchente das últimas décadas. Na manhã desta quarta-feira, 29, o rio marcou 15, 35 metros na cidade.

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