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A decadência política e o vazio existencial 

Não é difícil perceber que alguns políticos acreanos estão em final de carreira enquanto outros em ascensão. Foram tudo ou quase tudo. Hoje já não são mais nada ou caminham para não ser. Na política, como em tudo na vida, vem o ocaso, o crepúsculo, o fim da primavera, o decaimento, o depauperamento. Alguns tentam dar sentido às suas vidas lutando para permanecer ou voltar ao poder. Na verdade, não querem ser esquecidos, apagados ou anulados da vida pública. O maior temor de todo ser humano é o de não ser. O político é um ser que tem medo do vazio de poder que se instala na alma quando já não são. O dinheiro acumulado não preenche o buraco.


Tudo passa e a vida vem em ondas como o mar; porque nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia (Lulu Santos). É mais ou menos como a música Triste Berrante, do Sérgio Reis, também: “O novo vem, o velho tem que passar”. Apesar dos carros e caminhões trafegarem dia e noite na estrada asfaltada, o velho só vê a boiada, o mugir do gado, a poeira, o som do berrante e a palmeira onde foi gravado muitos corações.


Por que gravaram corações na palmeira? Porque amavam e não queriam ser esquecidos. E por que temem ser esquecidos? Porque o único objetivo na vida foi empanturrar-se de poder e de tudo o que o dinheiro e a política proporcionam. Entupiram seus egos de discursos ocos enquanto o povo sofria, gemia de fome, nas periferias, nas ruas, nos hospitais, delegacias e presídios. Na verdade, não amaram seus ofícios; amaram o dinheiro, o poder e o ego. Se o tivessem feito sairiam da política sóbrios dizendo serenamente: Combati um bom combate, terminei a carreira e guardei a fé…. mas até a fé foi corrompida! Sobra gordura na alma. Como subir com o peso desses?


Um jovem rabino judeu disse há dois mil anos: Faça tudo por amor não pensando em si, mas no bem do outro. Esse é o sentido real da política e da vida. O bem-estar comum, o bem do outro. Usar o poder para o bem. Quem assim o faz não experimentará a falta de sentido na alma que o esvaziamento do poder deixará um dia. Mais triste ainda será não encontrar mais nenhuma palmeira na estrada da vida para gravar o coração porque juraram, mentiram nem amaram. As palmeiras, no oráculo, são pessoas. Elas estão aí, são muitas.


“Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia”. (Vinícius de Morais)


. Enquanto o governador Gladson Cameli tem a percepção de que o tempo urge e precisa fazer muito pelo Acre, alguns estão no mundo da lua não compreendendo essa urgência.


. A deputada federal Socorro Neri (PROGRESSISTA) tem demonstrado nos primeiros dias de mandato de que não será mais uma na Câmara nem no Congresso Nacional.


. Inteligente, decidida, perspicaz sabe o que quer e aonde chegar.


. Demonstrou que o mandato é a favor do Acre e não dela, um mandato coletivo bem ao seu estilo.


. Basta segui-la nas redes sociais para ver o seu bom desempenho.


. “Você sabia que, além dos gordos vencimentos, os deputados criaram uma verba de R$ 15 mil por participação nas comissões”?!


. Mentira, Macunaíma!


. “Mentira uma p*”


. Opa! Opa! Boca suja! Respeite!


. E se for mentira?


. “E se for verdade?!


. Mas, e se for mentira, Macunaíma?


. E se for verdade?!


. Bom entre verdades e mentiras caminha a humanidade.


. “Então, quer dizer que participar de uma comissão é outro emprego, é?!


. Sei lá, rapaz!


. “Tá sabendo do auxílio saúde e da verba…”


. Não sei nem quero saber!


. “Mas o povo quer”!


. O povo, Macunaíma?! O povo…cê tá doido, é?! O povo quer emprego, comida, futebol e carnaval…


. Tá azedo hoje, Deusulivre!


. Não enche!


. “Bom dia, parceiro! Bom dia”!


. Bom dia!