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567 mil acreanos já utilizavam a internet em 2021

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Dados, divulgados pelo IBGE, em setembro de 2022, pelo módulo de tecnologia de informação e comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, abrangendo o acesso à Internet pelas pessoas com 10 anos ou mais de idade no Brasil. As comparações são para o período 2016 a 2019 e 2021, já que esse módulo da pesquisa não foi a campo em 2020, por causa da pandemia de Covid-19. 


Vamos hoje analisar alguns números do Acre, no contexto da pesquisa que trabalha como público-alvo às pessoas de 10 anos ou mais de idade.


  • 76,9% da população com mais de 10 anos utilizava a internet no Acre, em 2021

Como pode ser observado no gráfico a seguir, de um público-alvo de 677 mil pessoas, em 2016, cerca de 363 mil pessoas já utilizavam a internet. Com o crescimento ano a ano do público alvo, verifica-se a cada ano do período analisado, o crescimento daqueles que utilizam internet, que saiu de uma participação de 53,5¨% (2016) até chegar a 76,9% em 2021. Portanto, no último levantamento da pesquisa, no Acre, em 2021, 567 mil pessoas já acessavam a internet. Porém, pelos números apresentado, em 2021, 170 mil acreanos ainda não tinham acesso à internet.


 



  • Preços dos serviços e dos equipamentos (celular, computados, etc.) e a inexistência de sinal na localidade, foram os principais motivos para mais de 94 mil acreanos não utilizassem a internet.

Quando a pesquisa perguntou os motivos pelos quais os 170 mil não tiveram acesso à internet em 2021, mais de 47 mil (28,2%) alegam como motivo os serviços de acesso à internet ou o equipamento eletrônico necessário era caro. Conforme demostrado no gráfico a seguir, outros 47 mil (28,2%) responderam que a falta de sinal nas proximidades dos locais que costumam frequentar. Depois, pela ordem vieram os seguintes motivos: não sabiam utilizar a internet (22,4%) e a falta de interesse em acessar a internet (18,8%).



  • Em 5 anos população com nível superior no Acre, cresceu 65,6% e já eram mais de 100 mil em 2021 

É inegável que a internet vem ganhando cada vez mais espaço em todas as dimensões, e se faz cada vez mais necessária na educação. No gráfico abaixo, destaca-se a divisão do público alvo (pessoas com mais de 10 anos de idade) por nível de instrução para os anos de 2016 e 2021.



O maior contingente são as pessoas sem instrução e ensino fundamental incompleto, 41,1% em 2021. Nota-se que houve uma queda salutar de 6,2% no período. O segundo nível mais importante foi aquele das pessoas no ensino médio, com 24,3% em 2021, o nível cresceu 22,6% no período. Por fim, o destaque maior foi o crescimento das pessoas com o nível superior completo, que cresceu 65,6% em cinco anos (2016-2021). As pessoas com mais de 10 anos no Acre, que possuíam nível superior, saíram de 61 mil em 2016, para mais de 100 mil em 2021.


  • Acesso à internet pela população com menor nível de instrução aumentou 94,3% entre 2016 e 2021 

No gráfico a seguir, temos o número de pessoas que acessavam a internet em 2021, por nível de instrução. Verifica-se que quanto maior o nível de instrução, maior o percentual de pessoas que acessam à internet. Nível superior completo 97%, incompleto 97,2%; nível médio 91,6%, incompleto 87,3%; com ensino fundamental 81,8% e, finalmente os sem instrução ou com nível fundamental incompleto; 55,8%. O maior crescimento ocorreu justamente no número dos sem instrução e fundamental incompleto, que aumentou 94,3% em 5 anos (2016-2021), seguido por aquelas que possuíam o nível superior completo. 



É inquestionável que as novas formas de comunicação surgiram com rapidez após o advento da internet, modificando como os indivíduos se relacionam e aprendem e criando uma nova cultura. Enquanto no Acre a internet era acessível para somente 76,9%, no Brasil já atingia 90,0% dos domicílios do país em 2021. Precisamos avançar mais, principalmente atacando as duas principais dificuldades respondidas pelas pessoas que ainda não acessavam a internet: seja porque os serviços de acesso à internet ou equipamentos eletrônicos necessários eram caros, ou pela falta de sinal nas proximidades dos locais que costumam frequentar. Mais um desafio para as nossas autoridades.


Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas