Vereadora registra Boletim de Ocorrência e pede medida protetiva contra colega de parlamento

A vereadora de Bujari Eliane Rosita (Progressistas) esteve na manhã desta segunda-feira, 30, na delegacia do município, onde registrou uma queixa-crime contra o também vereador Gilvan de Souza (PCdoB). De acordo com Eliane, Gilvan ameaçou agredi-la fisicamente, tendo que ser contido por outro parlamentar. Gilvan teria dito que se Eliane fosse homem iria “quebrar” a vereadora na porrada. O ac24horas divulgou o caso no último domingo, dia 29.
As agressões verbais e a tentativa de agressão física teriam ocorrido em uma sessão extraordinária na última sexta-feira, dia 27.
Eliane afirmou que não foi a primeira vez que o vereador age de maneira violenta. “Na primeira vez que fui igualmente agredida pelo mesmo vereador, fiz a denúncia, mas entramos em acordo, porque na ocasião o mesmo se mostrou arrependido , e como tenho consideração pela família do mesmo, resolvi aceitar o acordo. No entanto, o mesmo já agrediu a nossa assessora jurídica, a senhora Danyelle, que também registrou um BO. Tenho testemunhas que o mesmo passou longas horas antes da sessão em um bar da cidade ingerindo bebida alcoólica”, disse.
A vereadora foi recebida pelo delegado do município Bruno Coelho e fez o registro da queixa. “Estou aqui na delegacia, fiz um boletim e pedi uma medida protetiva. Agora é esperar o que a justiça vai fazer nesse caso. Eu não vou me calar diante dessas agressões, já é a segunda vez que sofro agressão dentro da casa que é minha”, diz Eliane.
Eliane esteve acompanhada na delegacia de representantes da Secretaria Estadual Adjunta da Mulher e do Conselho Estadual das Mulheres. Na tarde desta segunda-feira, 31, a vereadora vai registrar outra queixa, desta vez na Delegacia da Mulher em Rio Branco.
O delegado de Bujari afirmou que o inquérito já foi instaurado. “Vamos averiguar se as possíveis ameaças foram em decorrência de gênero da vítima por ser mulher, já que não é a primeira notícia crime que é registrada na delegacia em desfavor deste vereador. Iremos aprofundar as investigações em gravidade dos fatos, já que todas as mulheres que registram queixa, pela sua vulnerabilidade, procuramos ser mais céleres e em poucos dias, acredito, finalizaremos as investigações e enviaremos o procedimento ao judiciário”, disse Bruno Coelho.
O ac24horas procurou o vereador Gilvan de Souza, mas o mesmo não se manifestou. O espaço segue aberto para a devida manifestação, caso tenha interesse.

A capital acreana recebeu neste domingo, 26, a visita dos ministros Waldez Góes ( Integração e Desenvolvimento Regional) e Marina Silva (Meio Ambiente), e do secretário da Defesa Civil Nacional, Wolnei Wolff, que puderam verificar pessoalmente as áreas atingidas pela cheia do Rio Acre e igarapés, que atingiu mais de 33 mil famílias.
Os ministros garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária, na compra de cestas básicas. Já desde o primeiro momento das inundações, na última sexta-feira, 24, a prefeitura de Rio Branco garantiu R$ 5 milhões para ajuda humanitária aos atingidos pela alagação pela cidade.
Durante a visita, o secretário da Defesa Civil Nacional disse que os R$ 1.493 milhão serão para atender necessidades de cesta básica, kit de higiene, kit limpeza, colchão.
Rio Branco apresenta um verdadeiro cenário de guerra, com cerca de 500 pessoas desabrigadas e quase 2 mil desalojadas, que estão na casa de familiares.
Além de Rio Branco, os municípios de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia também decretaram situação de emergência. O governo federal reconheceu no sábado (25) a situação de emergência em Rio Branco devido aos estragos causados após as fortes chuvas.
Destaque 2
Chefe do MP do Acre, Danilo Lovisaro vistoria abrigos para vítimas da enxurrada em Rio Branco

O Ministério Público do Estado Acre (MPAC), por meio do Grupo Especial de Apoio e Atuação para Prevenção e Resposta a Situações de Emergência ou Estado de Calamidade devido à ocorrência de Desastres (GPRD), realizou neste sábado (25) visitas aos abrigos montados pela Prefeitura de Rio Branco e Governo do Estado para atender a população afetada pelas fortes chuvas que causaram o transbordamento de rios e igarapés na capital.
O procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro do Nascimento, que esteve à frente das ações, destacou que o MPAC pode contribuir com o Estado e o Município para verificar as necessidades mais urgentes e cooperar para que o socorro, a assistência e a fiscalização dos espaços de abrigamento sejam realizadas de forma efetiva. Após visitar alguns abrigos, o PGJ também esteve no Parque de Exposições, que está sendo preparado para receber vítimas dos transbordamentos.
“Durante as visitas realizadas hoje, foi constatado que as instalações estão sendo bem coordenadas pelo Estado e pelo Município, inclusive no Parque de Exposições. Prestamos a nossa solidariedade à população e nos colocamos à disposição para auxiliar o executivo estadual e municipal, bem como também para coletar doações e ajudar a população naquilo que for necessário”, frisou o PGJ.
As vistorias, que envolveram entre membros e servidores cerca de 70 integrantes do MPAC, tiveram como propósito verificar o perfil das pessoas abrigadas e presença de grupos vulneráveis, condições dos abrigos, disponibilidade de alimentação, higiene, necessidade de medicamentos, entre outros. Desde a sexta-feira (24), vem crescendo o número de abrigos mantidos pela Prefeitura de Rio Branco e o Governo do Estado, que já chegam a 26, a maioria em escolas da capital.
De acordo com o último boletim do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), o Rio Acre está com 16,31 metros na medição das 12 horas, ultrapassando a cota de transbordo de 14 metros. Foram afetados 48 bairros e sete igarapés em Rio Branco, e 23.356 pessoas necessitaram de atendimento.
O promotor de Justiça Luis Henrique Rolim, coordenador adjunto do GPRD, apontou a necessidade de identificar e buscar rapidamente soluções para os problemas nos locais. “Com base nas reuniões que participamos, foi verificado que a previsão ainda é de mais chuvas até o domingo, o que pode provocar mais desalojamentos. Estamos atuando em parceria para dar respostas rápidas a todas as demandas”, afirmou o coordenador- adjunto do GPRD.
Por sua vez, o coordenador-adjunto do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), promotor de Justiça Bernardo Albano, salientou que o MPAC vem realizando as vistorias não apenas para fiscalizar, mas com o propósito de auxiliar os trabalhadores dos abrigos. “Nossa missão principal nesse momento é fazer a ponte entre os executores de políticas públicas, identificando solicitações, problemas ou vulnerabilidades nesses abrigos, para buscar solucionar por meio da interlocução com os gestores responsáveis”, ressaltou o coordenador adjunto do NAT.
Também participaram da mobilização a procuradora-geral para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, o secretário-geral, Gláucio Oshiro, o procurador de Justiça Francisco Maia Guedes, e os promotores de Justiça Iverson Bueno, Alekine Lopes, Abelardo Townes e Fernando Cembranel.

A imagem de um pai atravessando a correnteza de água em uma rua do bairro Recanto dos Buritis, em Rio Branco, emocionou internautas nesta sexta-feira, 24.
Luciano Cunha da Silva, que se apresenta nas redes sociais como recepcionista do Hospital Santa Juliana teve a casa completamente invadida pelas águas da enchente que assola a capital acreana.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Luciano, junto com a mãe das crianças, é amparado por outras pessoas para conseguir enfrentar a correnteza e salvar os filhos, batizados de Lorenzo e Angelo, que são recém nascidos.
O vídeo emocionou centenas de pessoas e se tornou um exemplo do caos vivido pela população, mas também da esperança da população enfrentada pela população de Rio Branco.
Luciano e esposa perderam móveis e quase tudo que tinham em casa. Uma campanha foi criada para ajudar Luciano. O PIX é o CPF 787.093.502-68, em nome de Luciano Cunha da Silva.
VEJA VÍDEO:
Ao menos cinco voos que estavam marcados para esta sexta-feira, 24, pertencentes às empresas Gol e Latam em Rio Branco, foram temporariamente suspensos. O cancelamento se deu em razão da interdição da via que dá acesso ao aeroporto internacional Plácido de Castro, ocorrido após inundação de córregos e igarapés na capital acreana.
Funcionários das empresas Gol e Latam entraram em contato com a Polícia Rodoviária Federal do Acre para informar sobre o cancelamento e emitiu uma nota de esclarecimento.
O acesso ao aeroporto em Rio Branco foi um dos sete pontos interditados na manhã desta sexta-feira. Por causa das fortes chuvas que ocasionaram alagamentos, o aeroporto afirma que busca preservar a segurança e o conforto de todos.
“Passageiros com viagens previstas para hoje (24) devem entrar em contato com as companhias aéreas para informações sobre reprogramação de voos”, diz nota de esclarecimento.
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