Categories: Destaque 7 Notícias

Promotor diz que Policial agiu por vingança em disparo que matou estudante em boate

Published by
Da redação ac24horas

Na manhã desta quinta-feira, 26, o juiz Alesson Braz, deu início aos trabalhos no terceiro dia do julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, na Cidade da Justiça, do policial federal Victor Manoel Fernandes – acusado de matar com um tiro o estudante Rafael Chaves Frota, de 26 anos. Na ocasião, o promotor de acusação do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), Teotônio Rodrigues Soares Júnior, iniciou os debates e mostrou provas que visam comprovar que o acusado consumiu bebidas alcoólicas e agiu de maneira irresponsável no dia do crime.


Teotônio, revelou que no depoimento de testemunhas, no caso, Edgard Rodrigues, amigo do acusado contou que Victor Campelo havia comprado uma garrafa de bebida na boate. “O consumo de bebida alcoólica não é crime, mas vi testemunha dizer que ele não consumia bebida. O ego é teu pior inimigo, ele te afunda e te arrasa. Aí esse moço que tinha bebido em uma boate. O réu disse que não estava bebendo, mas aqui não adianta mentir. No processo, a moça disse que vendeu bebida para ele. Ele é um jovem que se espera mais, é um policial federal, é uma autoridade”, comentou.


A promotoria ainda criticou a ação do policial que resolveu atirar em um espaço cheio de pessoas – que culminou na morte do estudante. “Um policial jamais pode incitar uma violência, ele tem que resolver a situação, e ele, em uma situação de privilégio, saca o revólver e atira. Mas no caso da boate, havia uma situação entre Marcos e Lavínia, que ele mexeu com ela. Mas a situação, ele diz que não empurrou, daí ele saca a arma, atira e mata o Rafael. Nunca ele pode sacar uma arma de fogo, apenas em situação de morte concreta”, analisou.


No decorrer do debate da acusação, o promotor afirmou aos jurados que nos autos do processo que conta com mais de 2 mil páginas, não há registros que comprovem que o policial federal havia sido espancado. “Primeiro se comprova que o Rafael era um agressor. O policial jamais poderá sacar uma arma dentro de uma boate lotada de pessoas. Não existe uma prova do espancamento, zero”, garantiu.


Em vídeo registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento e divulgado no plenário do júri, Rodrigues mostrou os poucos segundos que resultaram nos disparos efetuados por Campelo. Na opinião do promotor, a ação do agente da PF não foi em legítima defesa e sim, vingança. “Não foi um tiro de defesa, houve um tiro de vingança. Teve um soco e teve os tiros”, declarou.


Share
Published by
Da redação ac24horas

Recent Posts

“O Acre tem que sair só da cultura do boi; tem que diversificar”, diz presidente do Idaf no Bar do Vaz

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), José Francisco Thum,…

30/04/2024

Artesão acreano recebe prêmio internacional no Chile com a peça ‘clutch’

Durante encontro no Chile, que celebrou a arte e a cultura sul-americana, o Prêmio de…

30/04/2024

Dois homens são presos ao receberem encomenda com dinheiro falso no Acre

A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta terça-feira, 30, dois homens que saíam da agência…

30/04/2024

No interior, Gladson declara apoio a pré-candidaturas de Zequinha e Zé Luís

Ao contrário da capital acreana, onde nem tudo está definido, no interior o governador Gladson…

30/04/2024

Igreja promove arraial em memória de padre Paolino em Sena Madureira

A Igreja Católica Nossa Senhora da Conceição, em Sena Madureira, celebra nesta quarta-feira (01), o…

30/04/2024

Projeto abre inscrições para oficina de arte e absorventes ecológicos

A mestra, artesã e musicista Zenaide Parteira, abriu inscrições para as oficinas de "Confecção de…

30/04/2024