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Testemunha explica ação do polícial federal na Boate e diz que disparos foram técnicos

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O caso envolvendo o polícial federal Victor Campelo, acusado de matar o jovem Rafael Chaves Frota, dentro de uma boate em Rio Branco, resultou no depoimento da testemunha de defesa, instrutor Renato Soares Correia, por vídeoconferência na manhã desta quarta-feira, 25, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, na Cidade da Justiça, e explicou, de maneira técnica, as razões dos disparos ocorridos em junho de 2016.


A testemunha explicou que em uma situação de crise, no caso, as agressões em que Victor Campelo estava sendo submetido, a técnica padrão usada meses casos é de disparos duplos em curto espaço de tempo, chamado de Double Tech – ação usada pelo policial comprovada em perícia técnica.

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A homem reconheceu que de fato conhecia o acusado, no entanto, negou que estava presente no dia do crime. O professor de armamento de tiros da Polícia Federal, revelou que os tiros foram baseados na técnica polícial repassadas a Victor. “Sobre os disparo (cinco identificados pela perícia), vi que foram efetuados com uma certa inclinação, que é o procedimento padrão. O que posso concluir é que tiros naquela sequência são provenientes da forma que ele estudou na escola de formação da PF. Houve disparos que ocorreram na posição deitada, tecnicamente falando, talvez por isso,.tenha saído com uma certa inclinação, a 45° graus. O procedimento padrão que era passado, era para que houvesse disparos para cesar ameaças”, analisou.


Sobre portar ou não, arma de fogo em ambientes de lazer, como foi no caso da boate, Santos frisou que a decisão é do policial. “Se a arma não estiver com o agente deve ser deixada em um ambiente seguro, como em casa ou em um cofre, e não dentro de carro, para que não ocorra o furto do armamento. Pedimos que tenha cautela e cuidado, também por conta do uso de bebidas alcoólicas”, enfatizou.


O juiz Alesson Braz chegou a indagar se o disparo pode ter ocorrido de maneira acidental, o profissional alegou que os tiros obedeceram os procedimentos da academia. “A forma que saiu o tiro pode ter sido em decorrência de um estress”, ressaltou.


Quando questionado acerca do porte de armas do policial federal, Renato disse que a decisão de usar o armamento é de responsabilidade do profissional. “Durante muito tempo a gente entende que para se usar arma possa ser sempre, ou nunca. A decisão de usar ou não a arma é do Policial”.


O promotor de Justiça, Teotônio Rodrigues Soares Júnior, questionou os disparos realizados por Campelo, porém, Soares não mudou sua versão dos fatos.


Renato frisou no decorrer do depoimento que Fernandes tinha um bom relacionamento dentro da PF. Além disso, negou que existisse, de maneira oficial, ameaças ao agente federal. “Ele era querido entre os amigos, tinha bom relacionamento no trabalho. Tivemos informações que houvesse ameaça, não sei se era de familiares, mais nada que chegou a mim acerca dos fatos ocorridos”, argumentou.


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