O pastor Mário Hermógenes, 53 anos, do Ministério Liberdade e Paz, localizado na Vila do Incra, no interior do Estado, foi o entrevistado nesta terça-feira, 24, do Bar do Vaz e tratou de temas delicados – como por exemplo, casos de pedofilia e enriquecimento de pastores evangélicos.
Com vestimentas simples, fugindo do padrão da maioria dos pastores, Hermógenes contou que congrega na religião evangélica há 31 anos – tendo passagens pela Igreja Assembleia de Deus, porém, fez questão de deixar claro que seu ministério não visa arrecadação de recursos, mas sim, “almas” para o Reino do Senhor. “Eu faço muitos vídeos de faccionados saindo de facções. Inclusive eu, que era um jovem perdido”, disse.
Hermógenes revelou os possíveis rendimentos mensais dos grandes pastores do Acre – que giram em torno de R$ 10 mil reais. “A maioria eu acredito que sim. O salário de um pastor chega a seis ou oito salários mínimos, dá pra fazer uma gracinha”, declarou.
O religioso revelou que não vende a “salvação” para os fiéis do seu ministério. “Eu tenho até vergonha de falar de ofertas, tenho como sobreviver”, afirmou, fazendo questão de abominar o adultério. “Adultério é pecado gravíssimo. Na vida passada já cometi, nessa vida não”, opinou.
Ao ser indagado pelo empresário e jornalista Roberto Vaz sobre a existência de atos de pedofilia no meio evangélico, Mário foi enfático ao confirmar os casos. Além disso, o pastor repudiou o envolvimento dos irmãos com a política. “Se eu fosse falar o real motivo que eu saí de lá [Assembleia de Deus Madureira], algumas pessoas não gostam. Eu não saí para congregar em lugar nenhum, fiquei decepcionado com as lideranças, não a igreja. Não pode misturar na igreja [Política]. A política, a pedofilia não pode haver na igreja. Eu vi isso ocorrer mais de uma vez, pra mim o errado é errado e certo é certo, até para pecar temos que ser verdadeiros. O podofilo era da igreja e não sei onde essa pessoa está hoje”, desabafou.
O pastor reclamou de preconceito entre os evangélicos no meio social. “Quem me olha diferente são os religiosos. Uma meia dúzia tem preconceito mais tem 90% de que me conhece e acreditam”, mencionou.
No decorrer da entrevista, o homem frisou que não vende a salvação divina. “Quem cura é Deus. Eu não posso prometer o que não posso fazer. Se eu tivesse o poder da cura eu curaria a mim mesmo, todos nós temos enfermidade. O Adão foi o responsável por isso [Pecado]”.
O pastor falou ainda que não há diferença entre os Deuses. “Há diferença de deuses. O Deus dos mulçumanos é o mesmo nosso Deus de Abraão. A questão é que muita gente faz confusão”, alertou.
ASSISTA A ENTREVISTA:
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