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Organizadores reclamam do abandono de carnaval nos bairros

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Leônidas Badaró

Desde que a prefeitura de Rio Branco anunciou que em 2023 não irá apoiar o carnaval realizado nos bairros e vai fazer a festa concentrada apenas na Gameleira junto com o governo do estado, que músicos, presidentes de associações de moradores de bairro e empresários do ramo de festas reclamam da decisão.


O protesto é que o carnaval concentrado em apenas um lugar diminui as opções dos foliões e deixa de gerar renda para os artistas, empresários de som, comerciantes e ambulantes que aproveitavam a movimentação em vários bairros para ganhar um extra durante o período carnavalesco.


“É uma pena. O carnaval nos bairros é muito mais democrático e faz com que a classe artística que já enfrenta tantas dificuldades possa ter uma oportunidade de mostrar sua arte e sobreviver. Sem falar que há todo o envolvimento do bairro, muitas famílias não se dispõem a sair de casa e ir até a Gameleira, além da venda da decoração nos comércios, quanto as pessoas que aproveitam para vender bebida e comida e reforçar o orçamento doméstico”, diz o DJ Black Júnior, que é representante dos músicos na Câmara Temática da Fundação Garibaldi Brasil (FGB).


Um dos mais tradicionais carnavais de bairro em Rio Branco é no Conjunto Esperança. Luiz Carlos Menezes, organizador do Esperança Folia, reclama da ausência de parceria com a prefeitura deste ano. “A gente fica triste porque desde 2002 realizamos o carnaval popular com grande estrutura. Antes da pandemia tivemos a última edição, quando cerca de 14 mil pessoas participaram. Hoje, passamos por uma situação delicada, já que organizamos o evento por meio da assessoria de moradores e não tivemos o apoio, mesmo apresentando o projeto no Fundo Municipal de Cultura da FBG que não foi aprovado. O único apoio que estamos tendo são 2 bandas e 10 banheiros químicos, o que é muito pouco para o tamanho do evento. Mesmo assim, estamos correndo atrás com a classe empresarial para tentar realizar o evento”, diz.


O ac24horas procurou a Fundação Garibaldi Brasil. Pedro Henrique Aragão, presidente da entidade, alegou o motivo de segurança para não realizar o carnaval nos bairros. “A decisão de não fazer o carnaval nos bairros foi a segurança. Fazer o carnaval na Gameleira, que é história e a população pedia a volta da festa, a gente consegue oferecer um aparato de segurança pública por meio da parceria entre governo e prefeitura. Estamos organizando um evento amplo e que as pessoas sintam segurança e possam curtir o carnaval”, diz.


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Leônidas Badaró

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