Começou nesta terça-feira, 24, o júri popular do policial federal Victor Campelo, acusado de assassinar o estudante Rafael Chaves Frota, em uma boate de Rio Branco.
O crime ocorreu na madrugada de 2 de julho de 2016, na casa noturna Diesel, no bairro Aviário. Durante uma confusão, o agente disparou com arma de fogo e um dos tiros acertou a vítima, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A mãe de Rafael, Alcineide Chaves, que veio de João Pessoa para acompanhar o caso, afirmou querer justiça e que só por o julgamento estar acontecendo, já é uma vitória.
“Esperei 6 anos e 6 meses para isso acontecer. Eu espero que seja feito a justiça. Só em ele ir a júri popular já é uma grande coisa, porque nunca policial federal pagou pelos seus erros que fizeram aqui, sabem que o que eles fazem, eles vão embora e acabou. Mas ele não, vai ser julgado”, comentou.
A mulher afirmou não ter ódio do acusado, mas guarda mágoas por tudo o que falou de seu filho. “Eu não sou Deus para perdoar. Não tenho ódio dele, mas tenho uma mágoa muito grande, porque eles fizeram uma coisa e ainda querem dizer que o meu filho que foi o culpado, que é o bandido da história”.
Devem ser ouvidas 5 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público do Acre e 10 de defesa. A sessão está sendo presidida pelo juiz Alessandro Braz, tendo como promotor de Justiça, Teotônio Rodrigues.
Devido a complexidade dos casos, o julgamento deve se estender até a sexta-feira, 27. A defesa do policial sustenta que o ato aconteceu por legítima defesa.