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Ibovespa cai 0,27%, com bancos e piora de projeções para cenário interno; dólar cai 0,15%

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O Ibovespa fechou em queda de 0,27% nesta segunda-feira (23), aos 112.350 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira descolou do que foi visto nos Estados Unidos – onde o dia foi positivo para os ativos de risco -, por conta do avanço do pessimismo interno.


Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,76%, 1,19% e 2,01%.


“Nos Estados Unidos, as bolsas são impulsionadas por resultados corporativos, que estão surpreendendo positivamente, bem como pela expectativa de que teremos moderação nos discursos dos diretores do Federal Reserve”, diz Marcela Rocha, economista chefe da Principal Claritas.

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Investidores, por lá, começaram a pesar a possibilidade de a autoridade monetária americana diminuir o ritmo de altas dos juros a partir do próximo encontro, no fim deste mês. Na última sexta, Christopher Waller, diretor do Fed, sinalizou que a instituição pode aumentar o juros em apenas 25 pontos-base. Ontem, um levantamento do Wall Street Journal trouxe que houve um aumento da percepção de players do mercado que o ciclo de altas pode se encerrar na primavera.


“Bolsas americanas seguiram o ritmo de otimismo observado na última sexta feira, na medida em que a temporada de resultados avança e os efeitos do aperto monetário dão sinais de efetividade”, debate Leandro De Checchi, analista de Investimentos da Clear Corretora.


Com o otimismo no exterior, o dólar perdeu força mundialmente e também frente ao real – a moeda americana fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,199 na compra e a R$ 5,200 na venda.


“Mercado local hoje, quando você olha os índices e o dólar, parece um dia tranquilo, mas tudo está bem agitado”, afirma Ubirajara Silva, gestor da Galápagos Capital. “Olhando a composição do Ibovespa, tivemos os bancos caindo bem, ainda sofrendo por conta do problema da Americanas (AMER3). Petrobras, do outro lado, subiu bem, com investidores ainda animados com o movimento das commodities, de olho na reabertura de China”.


As ações preferenciais e ordinárias do Bradesco (BBDC4) caíram 4,23% e 3,19%, respectivamente. Já as preferenciais do Itaú (ITUB4) recuaram 3,07%. Investidores continuam tentando calcular como o problema da varejista irá impactar os balanços dessas instituições financeiras.


Do outro lado, entre as ações que evitaram uma queda pior do índice, as ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) ganharam, na sequência, 2,31% e 1,59%.


“A bolsa brasileira tem se recuperado muito por conta da reabertura da China. Sabemos que cerca de 40% da composição do Ibovespa é em empresas de commodities”, defende Marcelo Oliveira, CFA e sócio-fundador da Quantzed.


A visão para o cenário interno, contudo, se deteriorou. A curva de juros avançou em bloco, com os DIs para 2024 e 2025 ganhando, respectivamente, quatro e 2,5 pontos-base, a 13,58% e 12,85%. Os DIs para 2027 subiram seis pontos, a 12,91%, e os para 2029, 14 pontos, a 13,15%. Os DIs para 2031 fecharam a 13,24%, com mais 15 pontos.


“A gente tem visto que ruídos políticos têm feito impactos na bolsa. Medidas populistas afetam a inflação e o mercado não gosta. Não à toa vimos o boletim Focus projetar mais uma vez alta do IPCA para esse ano e ano que vem”, defende Oliveira. “Algumas declarações polêmicas de Lula feitas na Argentina fizeram preço no Ibovespa”.


As estimativa do mercado para o IPCA em 2023 subiu de 5,39% para 5,48%, enquanto a de 2024 foi de 3,70% para 3,84%. Já Lula, em viagem ao país vizinho, defendeu que bancos públicos brasileiros voltarão a ajudar os países da região – mesmo com o Brasil já em uma situação fiscal delicada.


Entretanto, mesmo com o cenário interno mais debilitado, as ações ordinárias da Via (VIIA3) e da Magazine Luiza (MGLU3) também foram destaques entre as altas, com mais 8,37% e 5,76%.


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