Fianças pedidas pelo MPF/AC para presos no 4º BIS chegam a R$ 15 mil e Moraes deve decidir

Na audiência de custódia realizada na última quarta-feira, 11, situação dos acreanos presos no acampamento montado em frente ao quartel do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) na última segunda-feira, 9, o Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) pediu a concessão de liberdade provisória mediante o pagamento de fiança, cujos valores variam de R$ 2,5 mil a R$ 15 mil, e a imposição de medidas cautelares diversas da prisão para oito das nove pessoas que seguem custodiadas.
Os presos são: Amílcar Melo de Araújo, representado pelo advogado Eduardo Marques da Silva; Michele Lacerda Faria, representada pelas advogadas Katiúscia da Cunha Souza e Vania do Nascimento Barros; Ivanete Vitalli representada pelo advogado João Vitor Paiva de Albuquerque; Moema Anute de Lima Carioca, Edson Fernandes Souza da Silva, Eder Jhonçon Rodrigues Silva Taveira, representados pela advogada Vania do Nascimento Barros; e Alan Fonseca de Oliveira Lima e Leonardo Pessoa de Lima, patrocinados pela Defensoria Pública da União.
No caso de Amílcar Melo de Araújo, o MPF pediu ainda que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica. Para o custodiado Silas Januário Lima, o MPF requereu a liberdade provisória, sem fiança.
Entre as medidas cautelares estão a proibição de comparecimento em protestos antidemocráticos, nos quais se peça o fechamento do Congresso Nacional ou do Supremo Tribunal Federal ou ainda o retorno à ditadura militar; proibição de deixar o Estado do Acre; proibição do uso de quaisquer redes sociais, ainda que por interpostas pessoas ou perfis falsos; proibição de manter contato com os demais investigados no Inquérito Policial e demais pessoas envolvidas nos protestos citados no item (i) e suspensão de autorizações administrativas para o uso de armas de fogo.
Manifestações das defesas dos custodiados
A Defensoria Pública da União consignou que não vê razões para a conversão das prisões em flagrante em preventivas e ressaltou a necessidade de liberdade imediata do Sr. Silas Januário Lima, dada a sua condição de hipervulnerável. Quanto aos custodiados assistidos por ela, requereu a concessão de liberdade provisória, sem fiança, ainda que mediante a imposição das medidas cautelares já sugeridas pelo MPF. Em relação à proibição de manter contato com os demais investigados, requereu seja ressalvada situação específica, visto que dois dos custodiados são pai e filho (Alan e Leonardo), o que inviabiliza tal restrição.
A defesa da custodiada Michele Lacerda Faria ratificou os requerimentos da Defensoria Pública da União e requereu a concessão de sua liberdade provisória, sem a imposição de fiança, alegando não estarem presentes razões para a decretação da prisão preventiva.
A defesa do custodiado Amílcar Melo de Araújo reiterou o pedido de liberdade provisória, já feito nos autos (ID n.º 1449740352), sem o arbitramento de fiança e nem imposição do monitoramento eletrônico, reforçando que o seu estado de saúde é bastante delicado (problemas cardíacos) e que se trata de um idoso de 69 anos que faz tratamento de saúde em outro estado (Amazonas).
A defesa da custodiada Ivanete Vitalli ratificou as manifestações da DPU e requereu o relaxamento da prisão, bem como a concessão de liberdade provisória sem fiança, ao argumento de que não estão presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva.
A defesa dos custodiados Moema Anute de Lima Carioca, Edson Fernandes Souza da Silva, Silas Januário Lima, Eder Jhonçon Rodrigues Silva Taveira requereu a reconsideração da decisão que homologou a prisão em flagrante, bem como a concessão de liberdade provisória a todos, sem a imposição de fiança, argumentando que não estão presentes os requisitos legais que sustentam uma prisão preventiva e que a situação financeira deles não permite que suportem os valores das fianças, nos moldes requeridos pelo MPF.
Foi requerido ainda em favor de Moema Anute de Lima Carioca a concessão da liberdade provisória em razão de sua idade (73 anos) e problemas de saúde. Quanto ao custodiado Silas Januário Lima, a defesa reforçou os argumentos do MPF e da DPU, requerendo que ele seja posto imediatamente em liberdade, em razão de seu estado de saúde (esquizofrenia), o que nem sequer lhe permitiu a perfeita compreensão do que estava acontecendo, bem ainda requereu que os seus documentos originais (inclusive laudos e exames médicos) – apresentados à Polícia Federal – sejam imediatamente restituídos, pois não conseguiu recuperá-los na sede da PF.
Trâmite
O juiz federal Moisés da Silva Maia remeteu os autos ao Supremo Tribunal Federal, especificamente ao Gabinete do Ministro Alexandre de Moraes, que deverá decidir nos próximos dias sobre a situação dos presos no Acre.
Participaram da audiência de custódia, além do juiz Moisés da Silva Maia, o Procurador da República, Lucas Costa Almeida Dias, e os Defensores Públicos da União, Carla Pedroso de Mendonça e Thiago Brasil de Matos.
Destaque 7
Após ter central alagada, Sem Fronteiras consegue restabelecer conexão de 12 mil clientes

A Sem Fronteiras anunciou que trabalha incessantemente para reestabelecer a internet dos clientes que tiveram o fornecimento interrompido, após ter uma das centrais de distribuição atingida pela alagação.
Pelo menos 12 mil consumidores já tiveram o retorno do serviço. Em nota a empresa pede a compreensão de todos que ainda estão sem conexão.
“Estamos trabalhando há quase 24 horas para reestabelecer uma de nossas centrais, com toda nossa equipe técnica atuando incansavelmente para que a situação seja resolvida o mais rápido possível”, declarou.
A Sem Fronteiras também se se solidarizou com as famílias afetadas pela inundação do Rio Acre, córregos e igarapés por toda a capital acreana.

Uma das centrais de distribuição da empresa de internet acreana Sem Fronteiras foi atingida pela alagação que afeta mais de 30 bairros da capital acreana nesta sexta-feira (24). Em razão disso, centenas de clientes tiveram o fornecimento de internet interrompido.
A empresa emitiu uma nota informando o caso e pediu compreensão pelos transtornos. “Já estamos trabalhando com força total para restabelecer nossa conexão”.
Por fim, a empresa se solidarizou com as famílias afetadas pela inundação do Rio Acre, córregos e igarapés por toda a cidade. Na capital acreana, diversos pontos foram bloqueados por conta da invasão da água.
As fortes chuvas ocasionaram ainda interrupção do tráfego em rodovias do interior do Acre e voos tiveram de ser remarcados devido ao bloqueio na estrada que dá acesso ao aeroporto internacional Plácido de Castro.

A Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) e a Associação dos Distribuidores Atacadistas do Acre (Adacre), divulgaram nota, agradecendo ao governo do Estado por atender solicitação da classe empresarial e dispensar a cobrança da diferença do ICMS, das mercadorias que em estoque.
De acordo com a nota, “nesse momento de desaquecimento do comércio, com a alta da inflação e perda do poder de compra, a sensibilidade do governo se faz muito necessária, a fim de diminuir prejuízos e consequente desemprego”.
Marcello Moura, presidente da Acisa, destaca ainda que “essa conquista se dá pelo bom censo dos agentes públicos, em ouvir os anseios do setor privado”.
As alterações tributárias previstas na Lei Complementar nº 422/2022, referentes às alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), passando de 17% para 19%, valem a partir do dia 1⁰ de abril.
Com isso, seria exigido dos empresários complementação do imposto sobre os estoques das mercadorias que circulam com o valor retido até 31 de março.
“A classe empresarial estará sempre disponível para unir forças e construir um ambiente econômico cada vez melhor, visando o fortalecimento da economia acreana”, afirma Marcello Moura.

Uma operação do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) com o apoio do BOPE e dos Policiais do 5° Batalhão resultou na morte do traficante Bruceleide Alves de Lima, de 40 anos, e também na apreensão de 100 kg de drogas e uma arma fogo na tarde desta quarta-feira, 22, em um local chamado de Cachoeira no Rio Acre, na região de Brasiléia, no interior do Acre.
As forças de segurança receberam informações que na região da Cachoeira havia uma rota de tráfico de drogas pelo Rio Acre e durante o patrulhamento os Policiais se depararam com uma embarcação, tipo voadeira, com dois indivíduos no barco. Foi dada voz de parada e os dois criminosos desobedeceram. Durante a fuga pelo Rio Acre, o traficante Bruceleide chegou a efetuar vários tiros na direção da embarcação dos Policiais que revidaram e conseguiram atingir o criminoso com um tiro. Bruceleide caiu nas águas do Rio Acre e o seu comparsa que não foi identificado conseguiu estacionar o barco às margens do Rio e fugir por uma área de mata. Os policiais retiraram Bruceleide do Rio e perceberam que o traficante já estava morto.
Ao entrarem no barco, os Policiais encontraram 100 kg de entorpecentes em barras. O corpo foi colocado dentro da embarcação com as drogas e encaminhado até o Porto do bairro Benfica, pelo Rio Acre, em Rio Branco.
A Polícia Militar e a Polícia Civil estiveram no local e a área foi isolada para os trabalhos do perito. O corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos.
O entorpecente foi levado até a Divisão Especializada de Investigação Criminal (DEIC) para os devidos procedimentos.
Na mesma operação, uma equipe do Serviço de Inteligência da Segurança Pública do Acre, depois de uma investigação conseguiu encontrar a casa dos traficantes em uma área de fronteira que fica entre o Acre e a Bolívia. No local foi encontrado mais drogas e um fuzil calibre 22 com várias munições intactas.
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