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Inflação em Rio Branco em 2022: cebola cresce 154,93% e mandioca 48,82%

A inflação oficial de Rio Branco, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, fechou o ano de 2022 em 5,70%, puxada pela alta nos preços dos artigos de residência, de saúde e de cuidados pessoais e dos alimentos. Os dados foram publicados no dia 10/1/23 pelo IBGE. No artigo de hoje vamos destacar os produtos que mais contribuíram para a elevação dos preços na capital do Acre.


No gráfico a seguir destacamos os aumentos verificados nos 9 grupos de bens e serviços pesquisados durante o ano de 2022. É a partir dos nove grupos que iremos destacar os principais bens e/ou serviços que mais subiram no ano. 



Alimentação e bebidas (↑10,38%)


Com um peso de 24,4% no índice geral e um aumento de 10,38%, mais uma vez, os alimentos foram os que mais contribuíram para a taxa de inflação na capital acreana. Nos dois gráficos a seguir destacamos aqueles produtos que mais contribuíram para a alta do grupo que mais afeta a população pobre de Rio Branco.



Habitação (↓3,8%) e Artigos de Residência (↑13,63%)


Observamos que no grupo da habitação temos uma baixa no ano. Mas, mesmo com uma baixa na média do grupo, verificou-se um aumento de vários bens, principalmente o sabão, tanto em barra como em pó. Já o grupo dos Artigos de residência apresentou o maior crescimento dentre os grupos, porém o seu peso é de somente 4,8%, portanto, não impactou fortemente no Índice Geral. Nos gráficos a seguir destacamos os bens que apresentaram os maiores crescimentos nos dois grupos.



Vestuário (↑11,88%) e Transportes (↑1,25%)


A seguir temos os gráficos dos grupos de Vestuário e Transportes. O primeiro apresentou um aumento de 11,88% no ano, porém o seu peso no indicador é de somente de 7,1% Porém, destacam-se o crescimento do sapato infantil (23,5%) e das bolsas (22,5%). O segundo, o de Transportes que um peso muito relevante no indicador (22,8%),cresceu apenas 1,25%, contribuindo fortemente para uma redução do Índice Geral. Nos  transportes, a  maior queda foi o preço da gasolina (-23,96%). Observa-se que o recuo em 2022, entretanto, eliminou apenas uma parte da disparada nos preços registrada no ano anterior no grupo de transportes.



Saúde e cuidados pessoais (↑12,76%) e Despesas pessoais (↑5,79%)


O Grupo de Saúde e cuidados pessoais cresceu 12,76%, o segundo maior crescimento dentre os grupos, porém o seu peso no IPCA é de somente 12,5%. Os maiores aumentos da saúde e cuidados pessoais foram sabonete e perfume. Brinquedo e material de caça e pesca foram os principais responsáveis pelo crescimento do Grupo de Despesas Pessoais que cresceu 5,79% no ano, com um peso de 8,2% no indicador geral. Os bens e/ou serviços que apresentaram as maiores altas nos dois Grupos, estão dispostos nos gráficos abaixo.



Educação (↑6,24%) e Comunicação (↓1,09%)


Caderno e educação de jovens e adultos lideraram o crescimento dos preços no Grupo de Educação que tem um peso de 3% no indicador que cresceu 6,24% no ano. Já o Grupo de Comunicação apresentou deflação no ano (-1,09). O Grupo foi muito influenciado pela queda nos preços dos planos de telefonia móvel (-4,38) e pelo acesso à internet (-12,86).



No Brasil o IPCA fechou o ano de 2022 com alta acumulada de 5,79%, acima de 0,09% da verificada em Rio Branco. A inflação no Brasil ultrapassou a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – CMN. A meta para o IPCA era de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual.


Como observados nos dados apresentados, a inflação dos preços livres subiu bastante, mas foi parcialmente compensada por preços administrados no terreno negativo, principalmente da gasolina, que caiu de forma mais expressiva entre julho e setembro, em decorrência de uma série de reduções no preço do combustível nas refinarias e da aplicação da Lei Complementar 194, que limitou a cobrança de ICMS sobre os combustíveis pelos estados.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas