No Acre, bolsonaristas cercam acampamento e diminuem ritmo nas redes sociais

A vitória do presidente Lula nas urnas, em 2022, e a enxurrada de desinformação principalmente em grupos fechados no Telegram e no WhatsApp alimentavam a esperança dos nacionalistas de extrema direita de que, a qualquer momento, as Forças Armadas colocariam tanques e blindados nas ruas de Brasília para tomar o poder, por conta de uma suposta farsa nas urnas eletrônicas – as mesmas que em 2018 elegeu Bolsonaro.

Não aconteceu. Passaram-se diversas 72 horas e os milhares de manifestantes em todo Brasil ainda eram alimentados com a expectativa pelo dia seguinte.

O próximo e último pronunciamento de Bolsonaro era esperado com entusiasmo, pois nele, o presidente daria as últimas ordens aos seus “soldados”. Mas quando em live no último dia 30, em palavras direcionadas aos acampados, Bolsonaro pediu o fim dos ataques às instituições e quase num lamento, explicou não ser possível o golpe por conta das consequências que viriam de tamanho ato antidemocrático. Alguns acampamentos de intervencionistas foram desmobilizados já naquele dia, os outros perderam apoiadores.

No Acre, o movimento enfraqueceu e o ritmo de postagem de perfis nas redes sociais que buscavam captar novos integrantes e dar publicidade aos eventos diminuiu drasticamente, passando a compartilhar conteúdos de dias anteriores – quando as manifestações ainda tinham mais volume.

Nesta terça, 03, o ac24horas fez uma discreta visita ao acampamento e verificou novas instalações de cerca de madeira e um pequeno grupo de manifestantes.

Em conversa ontem (02) com um apoiador em Brasília que está em grupos bolsonaristas do Acre, grupos de Telegram de todo Brasil creem que hoje termina um suposto prazo para a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a tomada de poder pelas Forças Armadas: “você vai ver amanhã tanques na Praça dos Três Poderes”, disse. Resta saber qual será a próxima expectativa quando isso não acontecer.