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“Não gosto do Bolsonaro, acho que ele fez mal ao país”, diz sambista

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O sambista Bruno Damasceno participou nesta segunda-feira, 26, do Programa da Jô Edição Podcast e conversou sobre sua vida no mundo da música, sonhos que já realizou e revelou com quem gostaria de dividir o palco um dia.


O acreano de 39 anos, nasceu no município de Tarauacá, no Acre. Canta desde os 7 anos e ainda pequeno, já alegrava com sua voz em carnavais na cidade do interior. Em uma das suas mais importantes realizações, participou de um festival da Globo, em 2012, chamado São Paulo Expô Samba, conquistando o quarto lugar.

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“É o maior festival de composição, tinha entre mais de 15 mil inscritos, com compositores super famosos lá e isso foi um ponto chave na minha carreira”, falou.


Entre as dificuldades como artistas, apontou que a distância em relação aos outros estados, é uma delas, por algo chamado por ele como “custo amazônico”, que impossibilita que o trabalho de muitas pessoas seja reconhecido nacionalmente.


“É tudo muito longe, mas a internet deu uma quebrada nisso, para a gente conseguir chegar em outros lugares. Mas aqui é tudo muito complicado, não tem muita rotatividade, turista, sempre são as mesmas pessoas, as vezes não tem público para o artista”, declarou.


O cantor comentou ainda sobre o surgimento do grupo Roda de Samba, em que foi um dos fundadores, em 1999, graças a ajuda de seu avô, que era dono do bar Flutuante, famoso em Rio Branco.


Já que na noite rola de tudo, como álcool, sexo, drogas, Bruno respondeu se já viu ou viveu algo do tipo e para isso, comentou que por ter iniciado muito jovem, experimentou muitas dessas questões, menos nada envolvendo drogas.


“Quando comecei a tocar eu não bebia, hoje eu bebo, tiraria drogas dessa pergunta, mas o resto rola sim. Hoje eu estou casado, sou um cara mais tranquilo, mais maduro, antigamente eu costumava tocar e beber muito, mas tive que dar uma parada porque estava prejudicando”, revelou.


Em relação aos artistas que já dividiu o palco, Damasceno citou nomes importantes no país como Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Gabriel Cavalcante, Alice Brandão e Alcione.


Para o artista, o pagode não existe, já que no dicionário significa “templo pagão”, em pode ser até mesmo uma roda de amigos, até mesmo de cantores de forró, que estão ali unidos para comemorar algo. “O pagode não existe. É uma reunião de pessoas que se unem para comemorar algo, para festejar, mas o ritmo é o samba. Tudo é samba”, disse.


O sambista explicou que não tem problemas em se posicionar, e que é conhecido musicalmente por sempre fazer isso. Na política, se coloca amplamente contra o presidente Bolsonaro e afirmou que acredita na mudança do país com a eleição de Lula.


“Eu tenho minha ideologia política, mas isso não me atrapalha de se relacionar com outras pessoas. Sou totalmente avesso ao Bolsonaro, não gosto, acho que ele fez mal ao país, mas respeito quem acha o contrário. Tem vários bolsonaristas que vão no meu show, brincam comigo. Também tenho os meus problemas com o Lula, mas no cenário, eu votei nele, espero que dê certo, como eu esperei que desse certo com o Bolsonaro também, achei justo ele ter ganho, se tivesse ganhado de novo tinha aceitado também”, declarou.

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Assista ao Podcast da Jô completo:

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