Autoridades peruanas prenderam seis pessoas nesta segunda-feira (26), entre elas, três generais da polícia por supostamente efetuar pagamentos por promoções em um caso que implica o presidente destituído Pedro Castillo.
“Agentes da polícia, em coordenação com o Ministério Público, executaram uma grande operação que permitiu a detenção de seis pessoas que estariam vinculadas a um caso de corrupção envolvendo promoções irregulares na instituição policial”, indicou um comunicado do Ministério do Interior.
A pasta informou que entre os detidos estão “três generais de armas da polícia em atividade”.
Segundo o Ministério Público, os generais detidos estariam envolvidos em pagamentos para subir de cargo irregularmente em 2021, com a suposta autorização do então presidente de esquerda Pedro Castillo.
A detenção ocorreu durante uma operação policial realizada de madrugada, que incluiu buscas em várias residências em Lima, Cusco, Tacna e Tumbes.
Em Lima, foram revistadas duas casas do ex-ministro da Defesa, Walter Ayala, também investigado pelo mesmo caso, onde foram apreendidos diversos documentos.
“A respeito das promoções, não recebi um único sol (moeda peruana)”, afirmou Ayala a jornalistas.
O Ministério Público investiga Castillo e Ayala por supostos crimes de patrocínio ilegal e organização criminosa.
Os ex-comandantes-gerais do Exército, José Vizcarra, e da Força Aérea do Peru, Jorge Chaparro, denunciaram em novembro de 2021 que o governo os pressionou para promover oficiais que não cumpriam com os requisitos. Esta denúncia colocou o caso sob os holofotes da imprensa.
Castillo foi destituído pelo Congresso em sete de dezembro e cumpre 18 meses de prisão preventiva após uma fracassada tentativa de autogolpe de Estado.