Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – indicam que a derrubada da Amazônia segue batendo novos recordes negativos mesmo durante o período chuvoso na região, chamado de “inverno amazônico”.
Apenas em novembro, foram desmatados 590 km², 23% a mais do que no mesmo mês do ano passado. Com isso, o acumulado desde janeiro chegou a 10.286 km², o que equivale à devastação de 3 mil campos de futebol por dia. Essa é a pior marca para o período em 15 anos.
No Acre, o comparativo entre os números registrados no mês de novembro nos anos de 2021 e 2022 mostra um aumento de 250% no desmatamento neste mês específico. Considerada a degradação de florestas, esse dado salta para 1.200%.
Em novembro de 2022, o SAD detectou 590 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, um aumento de 23% em relação a novembro de 2021, quando o desmatamento somou 480 quilômetros quadrados.
O desmatamento detectado em novembro de 2022 ocorreu no Pará (47%), Mato Grosso (14%), Amazonas (11%), Rondônia (9%), Acre (8%), Roraima (5%), Maranhão (4%), Amapá (1%) e Tocantins (1%).
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 739 quilômetros quadrados em novembro de 2022, o que representa um aumento de 678% em relação a novembro de 2021, quando a degradação detectada foi de 95 quilômetros quadrados.
Em novembro de 2022 a degradação foi detectada no Mato Grosso (51%), Pará (21%), Tocantins (14%), Amazonas (6%), Acre (4%), Rondônia (3%) e Maranhão (1%).
Geografia do desmatamento
Em novembro de 2022, a maioria (64%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (28%), Unidades de Conservação (6%) e Terras Indígenas (2%).