O ac24horas publicou nesta semana matéria que chama a atenção para as más condições da BR-317 no trecho entre Rio Branco e o acesso a Xapuri, que nesta reta final do ano está apresentando vários pontos críticos que estão causando a preocupação dos usuários da rodovia federal.
Nesta segunda-feira (19), o superintendente regional do DNIT no Acre, Carlos Moraes, falou sobre o assunto e trouxe uma notícia não muito boa para quem trafega na única via que dá acesso à regional do Alto Acre: não há recursos para os serviços de manutenção que a rodovia necessita.
“Passamos o verão todo praticamente sem recursos. O pouco recurso que tínhamos priorizamos a recuperação de pontos rompidos, que estavam operando com desvios, que representavam um risco maior para os usuários, principalmente agora no período chuvoso”, disse Moraes.
O superintendente disse também que o DNIT obteve, recentemente, uma pequena suplementação orçamentária para aplicar na recuperação das rodovias acreanas, no montante de R$ 12 milhões, mas os recursos priorizarão a BR-364, que leva ao Vale do Juruá, e que está em condição muito pior que a BR-317.
“Essa semana tivemos uma pequena suplementação orçamentária de 12 milhões, mas vamos priorizar a BR-364/AC que tem situações muito piores. A recuperação completa da BR-317/AC dependerá da liberação do Orçamento da União de 2023”, sentenciou Carlos Moraes.
No entanto, sobre a BR-317, o superintendente afirmou que esse ano ainda haverá recuperações pontuais de trechos em garantia e de alguns contratos que ainda possuem pequenos remanescentes de empenho, mas sem especificar que trechos são esses e se os serviços terão a capacidade de fazer melhorias efetivas na via.
No fim de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) no Acre ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar contra a União, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Estado do Acre pedindo a realização de reparos necessários à manutenção, fiscalização e conservação do trecho acreano da BR-317.
No ano passado, o Anuário do Transporte, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte – CNT -, apontou que 412 km da BR-317 avaliados quanto ao estado geral da pista foram categorizados como “regular”, “ruim” e “péssimo”. Nenhum quilômetro da estrada teve classificação “bom” ou “ótimo”.
Relatório elaborado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pedido do MPF, também identificou inúmeros segmentos em que a trafegabilidade de veículos estava bastante prejudicada em função das péssimas condições da pista e dos serviços de reparação em execução, trazendo grandes riscos de acidentes.
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