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Prisão preventiva do ex-presidente do Peru é prorrogada por 18 meses

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A prisão preventiva do ex-presidente peruano Pedro Castillo foi prorrogada para 18 meses na quinta-feira (15), em meio a crescente disputa diplomática com países de esquerda que se opõem à sua destituição e a protestos violentos que se estendem pela segunda semana.


Pelo menos 15 pessoas morreram nas manifestações, segundo declarações das autoridades.


Um painel judicial dentro da Suprema Corte determinou o período prolongado de prisão preventiva para Castillo enquanto os promotores continuam a investigar as acusações criminais contra ele.

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A decisão não tocou no mérito das acusações enfrentadas por Castillo, acusado de rebelião e conspiração, mas um juiz da Suprema Corte que chefia o painel citou o risco de fuga do presidente deposto.


Castillo nega todas as acusações e diz que continua sendo o presidente legítimo do país.


Manifestantes se reuniram do lado de fora da prisão onde ele está detido, segurando cartazes criticando a nova presidente Dina Boluarte e pedindo o fechamento do Congresso.


“Queremos apenas que a voz do povo seja ouvida. O povo está exigindo que tragam nosso presidente de volta”, disse a manifestante Gloria Machuca.


Os protestos ameaçam a logística nas principais minas de cobre e levaram à declaração de toque de recolher em várias áreas do país andino.


Castillo, que é professor e filho de camponeses, obteve vitória eleitoral apertada no ano passado, concorrendo sob a bandeira do partido marxista Peru Livre. Ele foi removido por uma votação esmagadora de parlamentares, que o acusaram de “incapacidade moral permanente” poucas horas depois de determinar a dissolução do Congresso, em 7 de dezembro.


Quatro nações lideradas por presidentes de esquerda – Argentina, Bolívia, Colômbia e México – assinaram nesta semana nota conjunta declarando Castillo “vítima de assédio antidemocrático”.


Um bloco de países de esquerda reunidos em Havana, incluindo Cuba, Bolívia, Venezuela e Nicarágua, também apoiou Castillo, rejeitando o que descreveu como “estrutura política criada pelas forças de direita”.


A ministra das Relações Exteriores, Ana Cecilia Gervasi, nova no cargo depois que Boluarte substituiu Castillo na semana passada, convocou os embaixadores do Peru na Argentina, Bolívia, Colômbia e México para consulta.


Gervasi escreveu no Twitter que as consultas “referem-se a interferência nos assuntos internos do Peru”.


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