Preso nesta terça-feira (13), em Rio Branco, o ex-governador regional foragido de Madre de Dios, Luis Hidalgo Okimura, acusado de cometer diversos crimes, tem pedido de extradição pela justiça peruana.
A prisão, segundo nota da Polícia Federal, foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal e tem por finalidade a extradição do político para o país de origem.
Hidalgo estava foragido da justiça peruana desde fevereiro e foi preso quando se preparava para regularizar um documento perante as autoridades brasileiras.
Okimura é acusado de ter facilitado o tráfico ilegal de produtos florestais madeireiros por meio de omissões e comissões, como o não monitoramento de empresas para favorecer um conglomerado chinês.
Em fevereiro deste ano, ele e outros investigados, incluindo Palmer Pastor Velásquez, Marcial Tapullima Yuyarima, JiWu Xiaodong e Dix Willer Lipa Mercado, receberam 36 meses de prisão preventiva.
Os citados são investigados pela suposta prática dos crimes de tráfico de influência, suborno passivo e tráfico de produtos madeireiros florestais em detrimento do Estado, no caso denominado “Hostiles da Amazônia III”.
Segundo o Ministério Público do país vizinho, o empresário peruano Christian Stapelfeld e o cidadão chinês Ji Wu Xiaodong teriam concedido guias de transporte florestal aos veículos que transportavam a madeira ilegal no território de Madre de Dios, ou seja, legalizaram com esses documentos as mercadorias obtidas ilegalmente florestas irregulares da região amazônica.
Em troca, as empresas de ambas as investigadas não eram fiscalizadas pelas autoridades regionais e recebiam facilidades para obter mais concessões.
A denúncia fiscal indica que Ji Wu Xiaodong e Christian Stapelfeld teriam subornado funcionários do Governo Regional para obter benefícios, administrando inclusive a entrega de bolsas de estudo na China para filhos de autoridades.
Em 2019, teriam pagado passagem aérea de Hidalgo Okimura para participar da 11ª Exposição de Comércio e Investimentos da China Central, realizada no país oriental.