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Corte no orçamento do IBAMA pode colocar em risco vida de servidores em operações

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Cerca de 18 fiscais do IBAMA e 13 servidores do ICMBio realizam na região de Nova Califórnia, em Rondônia, uma das maiores operações do ano de combate à exploração ilegal de madeira. Como resultado prático da operação, estão sendo fechadas as quatro maiores madeireiras da região. A fiscalização flagrou infrações como falta ou licenciamento vencido e madeira no pátio além do prazo. As madeireiras retiram madeira da Floresta Nacional do Iquiri. Só este ano, já foram desmatados cerca de 40 mil hectares de floresta para fins comerciais,


Acontece que, de acordo com os fiscais, a operação ainda está na metade. O problema é que os profissionais foram surpreendidos com o corte do orçamento dos órgãos feito pelo Governo Federal. No momento, os agentes estão “presos” por falta de combustível para as viaturas. “Todos os saldos de combustíveis das camionetes do IBAMA foram zerados e os cartões dos veículos do ICMBio que prestam apoio também foram zerados. Com esses cortes, a gente não consegue se movimentar. Uma parte da nossa equipe está em hotel e a outra parte em acampamentos na Tucandeira. Com isso, não conseguimos trabalhar, movimentar as equipes e a operação pode parar”, afirma um agente, que por questões de segurança prefere não ser identificado.

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A segurança, aliás, é uma preocupação dos agentes que realizam a operação. Mesmo com a presença de 50 homens da Força Nacional na operação, os fiscais começaram a receber intimidações. “O problema é que estamos fechando 4 madeireiras, então esses policiais estão divididos. A informação que temos da ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, é que podemos sofrer um ataque a qualquer momento dos próprios funcionários das madeireiras. Na noite de ontem, um grupo de motoqueiros rondou o local onde estamos fazendo pressão. A comunidade local também tem ameaçado fechar a estrada”, afirma.


O agente teme que sem os recursos a operação seja perdida. “A gente precisa dar continuidade a esta operação. Passamos o ano todo levantando informações e buscando identificar as pessoas que roubam madeira dentro das unidades de conservação. Todas as madeireiras de Nova Califórnia estão envolvidas na extração ilegal de madeira. Se nada for feito, iremos ter que retornar para Rio Branco ou Porto Velho e tudo será perdido”, conta.


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