Comemorando o episódio 40, o Programa da Jô edição Podcast desta segunda-feira, 5, entrevistou a policial militar, Alda Radine, que contou tudo sobre sua vida, relacionamento a três, depressão e polêmicas envolvendo seu nome.
A acreana de 42 anos, falou sobre o famoso Casal 190, em que fazia sucesso na internet junto com o marido, o sargento Erisson Nery. Segundo ela, os dois se conheceram na igreja. “Ele foi o meu primeiro namorado, nossas primeiras conversas foram através de cartinhas, eu tinha uns 15 anos”.
De acordo com a profissional, uma das melhores coisas de trabalhar com o companheiro, era que mesmo sendo cansativo, também era divertido e relembrou alguns casos marcantes da profissão.
“Trabalhar com ele era divertido, lembro de quando estávamos fazendo segurança em uma festa e vinha mulheres dançar perto dele, faziam quadradinho de 8, e eu ali com um fuzil atravessado no braço, mas não tinha esse negocio não. As mulheres quando elas querem te peitar elas fazem”, revelou.
A policial comentou então sobre o relacionamento a três que formou com Neri e a administradora Darlene Oliveira anos depois, que virou manchete em todos os jornais e sites do Acre. O namoro teria iniciado em 2020, mas ficou conhecido em 2021, quando foi exposto nas redes sociais e gerou muitas críticas, questionamentos, mas também apoios.
“O amor não deve ser escondido, não devo ter vergonha de amar. As pessoas dizem que ok ter casal homossexuais, mas se for escondido, discreto, sem ser mostrado, mas não falam isso de namoro heterossexual. Então, só porque é um relacionamento atípico, nós temos que ser discretos? Se esconder para as pessoas se sentirem mais confortáveis. Acho isso muito injusto e hipócrita”, apontou.
A entrevistada deu detalhes sobre o que faria no começo quando foi exposto o Trisal, se a companheira foi a primeira mulher a se envolver, quando descobriu a bissexualidade e como a relação surgiu.
Conforme ela, vivia em um meio que não dava abertura para a vida que tem agora, por ter nascido em uma família evangélica e por fazer parte da polícia militar, mas o marido viu essas as características nela e incentivou.
“Isso começou aos meus 37 anos é muito recente na minha vida. O Neri que olhava em mim e via essas características, porque eu falava para ele ‘olha que mulher bonita, que peitão’. A partir desses momentos, ele abriu a conversa e começou a falar sobre isso, disse que se eu tivesse interessada, que podia experimentar, de repente eu poderia gostar e não sabia. E eu segui o concelho”, revelou.
Alda falou ainda como foi que conheceu Darlene, como contou para os filhos sobre o relacionamento, a relação no trabalho depois da revelação e como funciona o companheirismo e sexo entre os três.
“É um relacionamento fechado como se fosse a dois, um compromisso de respeito, fidelidade e tudo mais. No sexo, somos um casal de três pessoas, então é somente com os três”, declarou.
A sargento abordou ainda a polêmica que culminou com a prisão de Erisson, em que ele atirou em um home que teria assediado ela. Para isso, disse então que foi obrigada a não falar sobre o caso, mesmo achando isso um absurdo, cumpre a decisão e espera ter uma reviravolta na situação.
“Temos muitos materiais nas mãos, mas não podemos falar sobre isso agora. Eu espero que as estratégias dos nossos advogados sejam guiadas em Deus, que dê tudo certo e que seja justo, que não aconteça como está acontecendo até agora, muita injustiça, mas Deus está vendo e eu tenho fé que as coisas vão se resolver”, expressou.
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