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Acre tem a 8ª maior taxa de inadimplência do Brasil, diz Serasa

Por
Raimari Cardoso

O mais recente levantamento da Serasa, divulgado em setembro passado, indica que o crescimento da inadimplência no Brasil teve leve aceleração naquele mês, com aumento de 411 mil novos inadimplentes frente aos 340 mil registrados entre os meses de julho e agosto.


Crescendo pelo nono mês consecutivo, o indicador de inadimplência aponta 68,39 milhões de brasileiros com o nome restrito. Nesse cenário, o Acre aparece com a 8ª maior taxa de inadimplência do país e a 4ª quando considerados apenas os estados da Região Norte.


Segundo levantamento mensal, já são pelo menos 400 mil consumidores devedores no estado. A inadimplência significa o não pagamento de uma conta ou dívida. Além do Acre, outros quatro Estados da Amazônia Legal estão no “Top 10” com maior número de inadimplência registrada.


Os Estados da Amazônia Legal que dividiram o ranking com o Acre foram: Amazonas (51,50%), na primeira posição; Amapá (50,76%), em segundo lugar; Mato Grosso (48,70%), na quinta posição; e Roraima (46%), na 7ª posição. Todos estavam acima da média nacional, de 42,22% da população que deixou de pagar algum compromisso.


Na comparação com o levantamento do mês de agosto, o número de inadimplentes no Acre aumentou, já que, anteriormente, o Estado ocupava a 9ª posição, com 43,77%, ou seja, 396 mil pessoas. À época, o ranking ainda era liderado pelo Amazonas (51,44%), seguido do Amapá (50,79%), Mato Grosso (48,78%) ainda na quinta posição, e Roraima (46,17%) no sexto lugar.



Dados divulgados nesta semana pelo Banco Central (BC) sobre a tomada de crédito no país confirmam os dados da Serasa e mostram que a taxa de inadimplência está subindo, enquanto a fatia da renda que famílias brasileiras destinam ao pagamento de dívidas bateu em 28,7%, o patamar mais alto desde 2005, início da série.


Os indicadores em alta dificultam o crescimento da economia, por reduzir a capacidade de consumo das famílias. Preocupada com isso, a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vem trabalhando num programa de renegociação de dívidas, o Desenrola Brasil.


De acordo com reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (29), o projeto Desenrola Brasil ainda é incipiente, mas a ideia é focar nas famílias mais pobres, podendo ser voltado a quem ganha até três salários-mínimos, e incluir, além de contas de água, luz e outros serviços, redes de varejo e bancos.


Este ano deverá ser o segundo seguido em que a maior fatia da segunda parcela do 13º salário, paga em dezembro, será usada para a quitação de dívidas, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Até 2020, a principal parcela desses recursos ia para o consumo.


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Raimari Cardoso

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