O chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni, o secretário de governo, Alysson Bestene, e o secretário de planejamento e gestão, Ricardo Brandão, reuniram no início da semana parte dos deputados da base de apoio do Palácio Rio Branco na Assembleia Legislativa para tratar da Reforma Administrativa que será enviada ao parlamento na próxima semana. Na oportunidade, foram apresentadas mudanças que seriam feitas na nova gestão de Gladson Cameli para 2023.
Atentos às demandas palacianas, alguns deputados, como o pastor Wagner Felipe (Republicanos), que não se reelegeu em outubro, aproveitaram a oportunidade para reclamar da falta de apoio do governo no pleito eleitoral. O descontentamento do parlamentar era ligado ao fato do governo não ter liberado parte de suas emendas no valor de R$ 50 mil, que segundo ele, poderia ter influenciado na sua reeleição. O deputado obteve 4.159 votos e ficou na primeira suplência do partido.
Pondo panos quentes na situação, os secretários presentes na reunião informaram que os deputados têm até o próximo dia 30 para entregar a lista das emendas individuais no valor de R$ 2 milhões. Essas emendas serão executadas no orçamento de 2023, que deve ser aprovado na Assembleia Legislativa até o dia 15 de dezembro.
O descontentamento não ficou por conta apenas de Wagner Felipe, como nem todos os parlamentares da base foram convidados para o encontro, o clima ficou pesado na Assembleia Legislativa. O deputado Fagner Calegário (Podemos), ao descobrir que ocorreu uma reunião da base e ele não teria sido convidado, tratou de ir no grupo de WhatsApp dos deputados da base e reclamar: “Eu sou da base?”, teria postado o parlamentar que obteve 7.112 votos nas eleições e se reelegeu para ocupar a cadeira de deputado por mais 4 anos.