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Barreira com dois policiais na divisa de Plácido de Castro com a Bolívia desagrada militares

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Raimari Cardoso

A onda de violência que tem ocorrido na região rural dos municípios de Acrelândia e Plácido de Castro, próximo à fronteira com a Bolívia, com o registro de vários assaltos a propriedades nas últimas semanas, que têm como principal objetivo o roubo de veículos que são levados para o país vizinho, provocou a reação da Segurança Pública do Acre, com a tomada de várias medidas.


Nesta semana, o patrulhamento nos municípios de Acrelândia, Plácido de Castro e Senador Guiomard foi reforçado para combater os roubos de veículos e sequestros de pessoas. Uma força-tarefa das polícias Militar e Civil do Estado do Acre estão em patrulhamento constante nas estradas estaduais e vicinais da região, desde o último dia 7 de novembro.


No entanto, uma medida tomada pelo 4º Batalhão da Polícia Militar, com sede em Senador Guiomard, de colocar uma barreira na divisa de Plácido de Castro com o lado boliviano com apenas dois policiais não está agradando aos militares lotados naquela região do estado. Denominado de “Operação Barreira”, o serviço consta nas escalas deste sábado (26), domingo (27) e segunda (28).


De acordo com um comunicado enviado por policiais militares em caráter de anonimato ao jornalista Jonathas Reis, de Acrelândia, eles não contestam a implantação da barreira em si, mas a falta de estrutura com a medida está posta em prática. Segundo as informações prestadas, não há qualquer logística ou infraestrutura para a permanência dos policiais no local em turnos de 12 horas.


“Os policiais ficarão largados lá, no máximo com uma viatura ao lado, o dia e a noite toda em turnos de 12 horas. Sem nenhuma tenda ou uma base móvel, sem água para beber ou lavar as mãos ou objetos, sem banheiro para as necessidades além do baixo efetivo para combater os criminosos, que na grande maioria desses crimes, agem sempre com quatro ou mais pessoas para cometerem os crimes, todos fortemente armados”, dizem os militares.


“É um absurdo colocar somente dois policiais nessa barreira, sem a mínima condição de trabalho, estrutura e segurança. De dia sol escaldante ou chuva, é um planejamento que visa apenas promover marketing para justificar ações, dizer que estão fazendo alguma coisa quando na verdade a medida não irá resolver nada, pois muito provavelmente os policiais não farão o serviço como deveria ser feito, o local ficará mais desguarnecido do que protegido se for implantado dessa maneira”, reafirma os policiais.


A reportagem não conseguiu manter contato com o comando do 4º Batalhão, que faz parte do Comando de Policiamento do Interior (CPI), assim como com a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Acre (PMAC). O espaço segue à disposição para qualquer esclarecimento sobre o assunto. Esta publicação será atualizada assim que uma resposta for obtida.


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Raimari Cardoso

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