O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta última semana de novembro a portaria nº 703 em que declara os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter e todo o Estado do Amazonas como área sob quarentena para a praga quarentenária ausente Moniliophthora roreri, causadora da doença conhecida como Monilíase do Cacaueiro -a Praga do Cacau.
A declaração implica na proibição do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da praga (espécies do gênero Theobroma e Herrania) para as demais unidades da Federação.
“Essa é uma medida cautelar, que visa prover o suporte legal necessário às ações de fiscalização do trânsito de vegetais, executadas pelas agências estaduais de Defesa Agropecuária, com o objetivo de evitar a dispersão da praga para as áreas ainda indenes (onde não há presença da doença) do país, principalmente para as regiões produtoras de cacau e cupuaçu”, informou o Ministério da Agricultura.
No Amazonas, até então, a área de quarentena abrangia somente o município de Guaja por causa da localização na divisa com o estado do Acre, devido à ocorrência do primeiro foco da praga confirmado no país, detectado no município de Cruzeiro do Sul em 2021. Agora, com o novo foco, todo o estado do Amazonas fica sob a área de quarentena.
O status de “área sob quarentena” para todo o estado permanecerá vigente até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas previstas de prevenção e erradicação da praga previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.
Um novo foco da doença Monilíase do Cacaueiro foi detectado no município de Tabatinga, no Amazonas, na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru. Dessa vez, o caso foi detectado em comunidades rurais ribeirinhas.
A monilíase é uma doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
Esta é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos à saúde humana.
O Mapa alerta que devido ao potencial de danos é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais.
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