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Temor de caminhoneiros de pegar estrada mantém ameaça de desabastecimento no Acre

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Raimari Cardoso

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rondônia anunciou o desbloqueio total das rodovias federais interditadas naquele estado nesta terça-feira (22), por volta das 16 horas, no horário do Acre, mas esse fato não garante, pelo menos de maneira imediata, que a retomada do tráfego de cargas que se encontram em meio de caminho ocorra como esperado.


A opinião é do presidente da Associação Acreana de Supermercados (ASAS), Adem Araújo. Segundo ele, todos os setores do empresariado acreano possuem cargas a caminho do Acre, mas o temor de caminhoneiros em pegar a estrada, em razão das ameaças de represálias feitas por manifestantes, ainda não dá a garantia de normalização do abastecimento.


“A gente tem a expectativa de normalização, mas não tem a certeza ainda se vai dar certo porque os caminhoneiros ainda estão receosos de terem os seus caminhões queimados e outras histórias aí. Segundo eles tem ameaças, então somente amanhã a gente vai ter certeza se todas as cargas vão estar passando normalmente”, disse o empresário.


Há vários relatos de que mesmo com os desbloqueios dos trechos interditados das rodovias, os manifestantes não se desmobilizaram, havendo tanto a ameaça de novos bloqueios quanto de ameaças contra caminhoneiros e motoristas que desobedeceram a determinação do movimento ilegal para que não sigam caminho. Também há registros de disparos de armas de fogo contra veículos.


De acordo com Adem Araújo, ainda não há nos supermercados acreanos escassez relevante de produtos alimentícios. O caso mais preocupante é o de hortifrutigranjeiros, com a falta de alguns itens.


“Não temos ainda nada em falta que seja expressivo. Tá faltando um produto ou outro, uma pera, maçã verde ou banana, mas o básico ainda tem tudo”, disse.


O presidente da Associação de Bares, Restaurantes, Conveniências, Distribuidoras e Eventos do Acre (Abrace), Leôncio Castro, informou que logo após a reabertura da BR-364 chegou a Rio Branco uma carreta da Ambev trazendo os produtos que mais estão faltando, que são as cervejas de 600 ml. Contudo, essa carga não atende nem 10% da demanda de Rio Branco.


“Essa carga não abastece nem 10%, mas ameniza bastante porque é o produto que tá faltando. Para poder normalizar, vai ser preciso ficar aberto [o tráfego na BR] uns quatro a cinco dias direto. A informação da Ambev é de que os caminhões estão na estrada e que se fosse aberto, eles iriam nos atender”, disse.


A reportagem tentou falar com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac), Delano Lima, para saber as previsões e expectativas relacionadas ao setor, que começou a entrar em colapso de abastecimento em Rio Branco nesta terça-feira, mas não conseguiu resposta até o fechamento desta publicação.


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Raimari Cardoso

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