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Segurança do Acre reafirma parceria com a Bolívia contra facções

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Encontro realizado na última sexta-feira (18) envolvendo as forças de segurança do estado do Acre e do departamento de Pando, na Bolívia, teve como pauta o reforço do trabalho de combate ao novo aumento da ação de facções criminosas na região de Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija.


A reunião decorre das últimas ações criminosas ocorridas na região de fronteira, com o registro de roubos e assassinatos com características de execução, crimes relacionados à uma guerra que ocorre há muito tempo envolvendo organizações criminosas e que tem como palco as três cidades vizinhas.

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Pelo lado brasileiro, as ações estão sendo realizadas de forma integrada pelo Gefron (Grupo Especial de Fronteira), Giro, Choque, CPCães e do Bope da Polícia Militar do Estado do Acre, além da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Do lado boliviano, a Polícia Nacional atua com suas respectivas unidades de combate ao crime e ao tráfico.


O clima de tensão relacionado à escalada da criminalidade na fronteira do Acre com a Bolívia voltou a se agravar a partir do mês de outubro, com ápice na semana passada, quando ocorreu uma nova sequência de homicídios e assaltos à luz do dia.


Como exemplo do agravamento da situação, no último dia 15 de novembro, uma terça-feira, tiroteios foram registrados em três pontos da cidade de Brasiléia, provenientes de confrontos entre grupos criminosos. O saldo dos confrontos e ação das forças de segurança naquele dia foi de um suspeito morto, cinco presos e um ferido, além da apreensão de armas, drogas e uma granada em Brasiléia.


Uma guarnição Gefron chegou a ser atacada por dois criminosos, que efetuaram disparos e ainda jogaram uma granada contra os policiais. Contudo, o pino de segurança da granada não foi retirado por completo, o que impediu o artefato de explodir. Os policiais revidaram atirando contra os dois suspeitos, que foram baleados.


Um dos suspeitos morreu no local, sendo identificado como Mateus Lucas Martins de Oliveira, de 20 anos, que tem mais de 15 registros na Justiça por diversos crimes e apontado como suspeito de envolvimento nos assaltos ocorridos nesta semana, além dos homicídios recentes registrados na fronteira. O outro suspeito foi baleado e levado para o hospital, sobrevivendo aos ferimentos.


Reação da Segurança


Na manhã do dia seguinte aos eventos, na quarta-feira, 16 de novembro, a cúpula de Segurança Pública do Acre realizou uma coletiva de imprensa para garantir que seria dada uma resposta à situação no Alto Acre. O secretário Paulo César afirmou que os autores dos crimes já haviam sido identificados.


“Estaremos com um efetivo maior do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Polícia Penal. O sistema integrado de segurança pública está para garantir tranquilidade para as pessoas do Alto Acre”, informou o coronel.


A Segurança anunciou o reforço do efetivo da Polícia Militar, Gefron, uma força-tarefa com mais 30 homens a fim de garantir resposta para a sociedade. O delegado-geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel, contou que os homicídios ocorridos em Brasiléia e Epitaciolândia estão em fase de investigação.


“Não podemos passar informações que temos para não atrapalhar, mas o Alto Acre precisa de um olhar diferenciado e já estamos fazendo, dando prioridade para a questão do tráfico e crime organizado”, disse o delegado.

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