“Meu filho era um homem de bem, um colono que vivia unicamente para o trabalho”. A declaração foi feita pelo aposentado Vander Lúcio da Costa, ao falar a respeito do filho Valber Olímpio da Costa, de 24 anos, que morreu em um dos banheiros da Delegacia de Flagrantes, em Rio Branco, na última sexta-feira, 18, quando esteve preso por algumas horas. O pai afirma que o filho não tinha nenhum envolvimento com o crime e fazia uso de medicamentos controlados.
De acordo com as informações, Valter Olímpio teria sido preso por policiais militares depois de desobedecer e resistir a uma ordem de prisão, dando entrada na Delegacia de Flagrantes por volta de 14h. Às 16h foi ouvido pelo delegado de plantão que o liberou depois que o mesmo assinou o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), assumindo em comparecer à justiça no dia determinado.
Os policiais disseram que ele permaneceu nas proximidades e por volta de 19h retornou à delegacia se queixando de dores, pedindo para ir ao sanitário. Os plantonistas estranharam o fato de o mesmo demorar excessivamente e ao averiguar o que estava ocorrendo, o encontraram caído e desmaiado. Diante da situação, foi solicitada a presença do SAMU, que atestou o óbito do rapaz.
De acordo com o pai da vítima, Valber já fez uso de entorpecentes, mas que há tempos estava livre das drogas. Ele morava com a mãe, Francisca Olímpio, na zona rural de Capixaba, a 77 quilômetros de Rio Branco. Na sexta-feira, eles vieram para a capital fazer as compras do mês e pretendiam retornar no dia seguinte. “Ele saiu com a intenção de comprar uma Coca-Cola para o almoço, quando foi preso e não voltou”, comentou um tio.
O pai da vítima estranhou uma versão que chegou ao conhecimento da família de que Valber estaria portando uma arma, o que segundo ele não é verdade. “O meu filho nunca usou ou mesmo possuiu uma arma de fogo. E curiosamente esta suposta arma não foi apresentada como prova. Não estamos acusando ninguém, queremos apenas que o fato seja apurado com rigor e que tudo seja devidamente esclarecido de acordo com a lei, e que não haja dúvidas quanto a morte do meu filho”.
A morte suspeita de Valber Olímpio da Costa deverá ser apurada na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde o delegado responsável pela instauração de competente inquérito o laudo de exame cadavérico com a causa da morte. Por enquanto, a causa da morte de Valber é mal súbito, cuja causa é ignorada.
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