As campanhas para governador e senador do Acre custaram mais de R$ 31,4 milhões. Esse montante tem origem de fundo eleitoral e partidário, além de doações de pessoas físicas e jurídicas, sendo a maior parte dinheiro público.
O candidato David Hall, do Avante, não declarou receita nem despesa na plataforma DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral, informando como sobra o ingresso de R$100 mil do Fundão – e a campanha mais cara foi a vitoriosa: Gladson Cameli, do PP, que recebeu R$4.079.999,99, 100% do Fundão.
O Acre teve sete candidatos a governador em 2022. Todos os candidatos que tiveram receita e despesa apresentaram gasto menor que o valor recebido, levando em conta o que foi pago: os gastos somaram mais de R$ 16 milhões, o que indica sobras de campanha que podem passar dos R$306 mil.
As prestações de contas ainda não foram julgadas pela Justiça Eleitoral. Em nota do dia 31 de outubro, o TSE informa que passado o segundo turno das Eleições Gerais de 2022, os partidos políticos e os candidatas que concorreram no pleito, inclusive aos cargos de vice-presidente e vice-governador, têm até o dia 19 de novembro para apresentar as prestações de contas das respectivas campanhas eleitorais referentes aos dois turnos. Vale lembrar que a diplomação dos eleitos é condicionada à apresentação e ao julgamento das contas pela Justiça Eleitoral.
Para o Senado, a disputa foi ainda mais afunilada com oito postulantes e Alan Rick o eleito para a única vaga do Acre. No total, os candidatos informaram ter recebido mais de R$ 15,1 milhões com gastos que superaram R$ 14,3 milhões.
Em algumas campanhas houve doação a outras candidaturas. Marcia Bittar, do PL, doou R$ 355 mil do valor recebido para outros candidatos. Nazaré Araújo doou R$808.327,50. Ney Amorim, do Podemos, declarou igual valor para receita e despesa.
Na soma dos pleitos ao governo e Senado, o total de sobras de campanha pode chegar a R$ 1,3 milhão. Os dados são públicos e podem ser acessados por qualquer cidadão no endereço https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/.
Saiba quanto cada candidato recebeu e gastou nestas eleições:
GOVERNO
David Hall (Avante)
Declaração informa R$100.000,00 de entrada e igual valor em sobras de campanha.
Gladson Cameli (PP)
Recebeu R$4.079.999,99
Gastou R$4.077.836,89
Jorge Viana (PT)
Recebeu R$2.568.736,54
Gastou R$2.462.596,06
Mara Rocha (MDB)
Recebeu R$2.980.195,00
Gastou R$2.877.367,08
Marcio Bittar (União Brasil)
Recebeu R$3.399.321,39
Gastou R$3.358.942,69
Sergio Petecão (PSD)
Recebeu R$3.066.000,00
Gastou R$3.016.571,30
Nilson Euclides (PSOL)
Recebeu R$223.535,92
Gastou R$213.127,50
SENADO
Alan Rick (União Brasil)
Recebeu R$2.835.539,64
Gastou R$2.835.458,46
Dimas Sandas (AGIR)
Informa R$950,00 de receita e despesa
Jenilson Leite (PSB)
Recebeu R$1.779.935,00
Gastou R$1.645.843,37
Vanda Milani (PROS)
Recebeu R$3.183.000,00
Gastou R$2.778.135,05
Marcia Bittar (PL)
Recebeu R$2.107.527,25
Gastou R$1.964.177,24
Nazaré Araújo (PT)
Recebeu R$3.228.233,18
Gastou R$3.076.247,79
Ney Amorim (Podemos)
Recebeu R$1.724.494,65
Gastou R$1.724.494,65
Sanderson Moura (PSOL)
Recebeu R$307.593,74
Gastou R$307.390,50