Na última segunda-feira, 7, a prefeitura de Rio Branco anunciou a terceirização do Shopping Aquiri, localizado no centro do Rio Branco. A partir de agora, a administração do local será de responsabilidade de uma empresa de Minas Gerais.
Acontece que os primeiros encontros com a nova administração estão levando os lojistas ao desespero. É que desde a sua inauguração, o baixo volume de vendas das lojas a partir do 1º piso é motivo de reclamação dos comerciantes que sonharam que o shopping seria uma oportunidade de melhoria de vendas.
De acordo com alguns comerciantes, a empresa anunciou que vai cobrar 100 reais o metro quadrado de aluguel, o que significa até R$ 750 reais, por mês, dependendo do tamanho do espaço. Agora, os pequenos empresários deixam de ser permissionários e passam a ser locatários.
O problema é que diversos comerciantes afirmam que não conseguiram vender o valor do aluguel durante o ano inteiro. “Como eu vou pagar isso por mês, se no ano passado inteiro eu vendi 240 reais. A gente não vende nada aqui porque não tem circulação de pessoas, quem me sustenta são meus filhos, se não, já teria morrido de fome. Na véspera de Natal do ano passado eu saí daqui chorando porque não vendi nenhum real”, desabafa, Eusanir Rodrigues.
Sara Saraiva, também comerciante do 1º piso, concorda que será impossível pagar o valor do aluguel. “A nossa preocupação é que a gente não venda nada, não vendo um real. Cobrar um absurdo desses é lamentável”, diz.
Um outro comerciante afirma que as estratégias para atrair publico para o local já foram tentadas. “Eles disseram que vão colocar um locutor na frente do Shopping e um carrinho de pipoca dentro. Isso não vai mudar em nada”, diz.
Procurada, a prefeitura informou que a terceirização do espaço está prevista desde a sua concepção, ainda na gestão passada e que não há dúvida de que a empresa tem condições de alavancar o Shopping Aquiri. “Desde a concepção desse projeto já se previa repassar para a administração privada. A prefeitura tem outras prioridades. Essa empresa tem experiência no comércio, tem mais de 10 anos de experiência e não tenho dúvidas de que eles têm todas as condições de alavancar o Shopping. A reclamação é de uma meia dúzia, mas a maioria já entendeu que é melhor ser administrado por alguém que entende do assunto”, afirma Cid Ferreira, secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana.
A reportagem tentou ouvir a Elite Participações, empresa que passou a gerenciar o Shopping para saber das estratégias para atrair o público, mas não obteve retorno. O espaço segue à disposição para manifestação, caso haja interesse.
