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Morte de pecuarista foi tramada dentro de presídio e teve disputa de terra como motivação

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O proprietário rural Edney Targa, de 49 anos, foi assassinado após ter sido sequestrado em sua residência, no município de Acrelândia, no dia 1º de outubro deste ano. O corpo foi encontrado sete dias depois enterrado em uma cova rasa, no bairro da Paz, em Rio Branco.


Desde então, a Polícia Civil passou a fazer um trabalho minucioso de investigação que terminou com um total de 15 pessoas identificadas e presas pela participação efetiva no crime de extorsão mediante sequestro seguido de morte. Os quatro últimos suspeitos de participação no crime foram presos nesta quarta-feira (9).

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De acordo com o inquérito instaurado na Delegacia Especializada em Investigação Criminal (DEIC), no dia do crime, ao chegar em sua fazenda na Rodovia AC- 475, em Acrelândia, Edney já encontrou sua esposa e filhos rendidos pelos criminosos. Em seguida, foi sequestrado e nunca mais visto com vida.


No dia seguinte, 2 de outubro, o carro do fazendeiro foi encontrado em um terreno baldio na rua 24 de Janeiro, Bairro da Paz, na capital acreana. Durante seis dias, policiais civis de Acrelândia e Rio Branco trabalharam na tentativa de chegar aos autores do sequestro e libertar a vítima.


No dia 7 de outubro, já com a prisão de vários integrantes do bando que sequestrou o empresário, a polícia chegou ao cativeiro, à rua Mâncio Lima, no bairro da Paz, onde também localizaram em uma cova rasa à margem de um córrego o cadáver de Targa, já em avançado estágio de decomposição


As investigações apontaram que todo o sequestro e demais ações ligadas ao crime foram planejadas dentro de uma das celas de um presídio de Rio Branco, tendo como autor intelectual um desafeto do fazendeiro. Por trás do crime, estaria uma disputa de terras pela qual o pecuarista já havia ganhado uma causa na justiça.


Também foi apurado que os sequestradores exigiram da família, inicialmente, o valor de R$ 300 mil pelo resgate. Depois que Edney Targa já estava morto, os criminosos passaram a exigir R$ 2 milhões. As ligações eram feitas sempre do telefone da vítima para a esposa do fazendeiro.


Nesta quarta-feira, 9, a Polícia Civil deflagrou operação de cumprimento de 7 mandados judiciais, sendo 4 deles de prisão preventiva e três de busca e apreensão, sendo presos A. da S., de 52 anos; V. A. M., de 40 anos; I. S. N., de 29 anos; e S. S. S., de 35 anos.


De acordo com a investigação da Polícia Civil, coordenada pelo delegado Dione Lucas, titular de Acrelândia, os presos tiveram participação efetiva no crime de extorsão mediante sequestro seguido de morte do fazendeiro.


A investigação apontou que A. S. de 52 anos foi quem indicou o endereço da vítima para que o bando efetuasse o crime. Os presos V. A. M. de 40 anos e I. S. N. de 29 anos foram os que levaram os sequestradores de Rio Branco para Acrelândia e apontou o local.


Uma mulher, S. S. S., de 35 anos, foi presa pelo crime de tráfico de drogas e é mãe de um dos sequestradores que, segundo a investigação, sabia do crime de forma premeditada.


Com essas prisões, a Polícia Civil encerra o caso com um total de 15 pessoas identificadas e presas pela participação efetiva no crime.

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