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Em rádio, Paulo Cézar fala de narcotráfico, manifestações e o plano de segurança

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O governo Gladson Cameli, cujos primeiros quatro anos terminam no próximo dia 31 de dezembro de 2022, entrará para a história como o primeiro a criar o Plano de Segurança Pública e Defesa Social, entre todos os demais que já passaram pelo Palácio Rio Branco. Temas como o combate ao narcotráfico nas fronteiras e às facções criminosas, o programa de pacificação social Acre pela Vida e o Cerco Eletrônico são comemorados pela sociedade graças ao esforço descomunal dos operadores do setor.


E à frente desta jornada contra o crime está o coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, titular da pasta da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Num papo descontraído com o jornalista Damião Viana, do Programa Gente em Debate, na Rádio Difusora, o titular da Sejusp discorre sobre narcotráfico, integração entre as polícias e as manifestações ilegais dos caminhoneiros nas rodovias do país. Abaixo, os principais textos da entrevista.

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Bloqueios ilegais nas BRs no pós-Eleições


“Independentemente da decisão judicial do [ministro-presidente do Tribunal Superior Eleitoral] Alexandre de Moraes, referendada pelo Supremo Tribunal Federal desde a segunda-feira, 31, a PRF [Polícia Rodoviária Federal] havia reportado ao Sistema de Segurança Pública que a Polícia Militar do Estado do Acre passasse a apoiar, efetivamente, as ações para evitar as obstruções de vias.


E, a partir desse momento, as forças estaduais e federais locais passaram a agir. Então podemos afirmar tecnicamente que as vias que estavam com restrição de passagens de veículos foram desobstruídas. Hoje, o que temos são manifestações em determinados locais aqui no estado.


E é importante mencionar ainda que a PRF e a nossa PM se fazem presentes nestes locais, no sentido de manter a ordem e evitar que ocorra desabastecimento. Mas é importante ressaltar que, independentemente das obstruções em território acreano, existem ainda outros pontos de obstrução no nosso vizinho estado de Rondônia.


A preocupação com a possibilidade de um desabastecimento existe. Mas, o mais importante é que os nossos colegas da PRF também estão deslocando equipes para apoiar os seus colegas da Superintendência da PRF em Rondônia, na desobstrução de vários pontos dentro do estado vizinho. A Polícia Rodoviária Federal já está engajada em todo o país, no sentido de evitar que esses bloqueios proporcionem desabastecimento.


É bom ressaltar que as polícias estaduais e federais têm a consciência plena de seus deveres constitucionais, de que não é permitido a ruptura da ordem”.


As estratégias de combate aos crimes de fronteira


“Sabemos que o estado do Acre sofre consequências pelo fato de estar posicionado, geograficamente, ao lado de dois países que produzem cocaína, que é a principal droga comercializada no mercado internacional. E os insumos de violência, que perpassam no estado do Acre, bem como em todo o território nacional, tem vínculo direto com o narcotráfico.



Neste sentido, o governo Gladson Cameli tem operado com ombridade com o governo federal, no combate aos crimes transfronteiriços, independentemente de a competência desses crimes serem da União.

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A estratégia de crimes fronteiriços no estado passa pela criação do Gefron [Grupo Especial de Fronteira], das integrações da Polícia Militar e da Polícia Civil, no combate aos crimes transfronteiriços. Na aproximação da União, por meio do Programa Integrado de Fronteira, por meio do Programa Vivia, no sentido da garantir respostas eficazes aos crimes que passam pela fronteira.


Então, no início desta semana, estivemos com o Ministério Público do Estado do Acre e com o Judiciário, discutindo ações integradas. Temos também realizado com o governo boliviano, por meio do Vice-Ministério de Segurança Cidadã, reduzindo os indicadores de violência no território acreano. São vários os encontros na cidade de Cobija e, algumas vezes, em Santa Cruz de La Sierra, tratando diretamente com os ministros da Bolívia, sobre ações que levem maior segurança aos cidadãos, que residem em nossas fronteiras.


Essa política exige do estado do Acre, e do próprio Sistema Integrado de Segurança Pública, um esforço acima do que é definido constitucionalmente. Mas é importante para cada cidadão acreano, essa atuação das forças policiais e, principalmente, a integração das forças federais.


As grandes apreensões de entorpecentes não são aleatórias


“As apreensões não são aleatórias. Se tivéssemos um grande contingente de operadores de segurança em serviço integral, seria o ideal pra estancarmos as ações desses criminosos, mas isso é impossível, porque temos hoje quatro países próximos que são produtores de entorpecentes. Mas felizmente, temos também uma integração efetiva com as forças estaduais, nacionais e entre as polícias dos países vizinhos”.


O combate a facções criminosas


“As facções estão em todo o território brasileiro. E um desafio muito grande para os nossos agentes de segurança foi justamente as “exportações” dessas organizações de representantes para os nossos países vizinhos.


Mas planejamento é tudo, e o governo Gladson Cameli buscou um diagnóstico muito profundo sobre a atuação dessas organizações aqui no Brasil, nos nossos estados fronteiriços, elaborou o primeiro Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, que tem diversos objetivos estratégicos, mas que também está voltado para o combate ao narcotráfico e às facções criminosas e temos alcançados reduções. Temos ainda o programa Acre pela Vida, o Cerco Eletrônico e outras tecnologias”.


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