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Grupo de Alysson domina transição e Grandidier perde força

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Marcos Venicios

Nos corredores do Palácio Rio Branco não se comenta outra coisa nesta quinta-feira, 27: a não nomeação do ex-secretário da Fazenda e Casa Civil, Rômulo Grandidier, coordenador da campanha de reeleição do governador Gladson Cameli, para fazer parte da Comissão Governamental de Transição, grupo responsável pelo planejamento da gestão para os próximos quatro anos de governo, que foi oficializada no Diário Oficial de hoje.


O ac24horas apurou que a ausência do “Francês”, como ficou conhecido por alguns interlocutores devido a sua origem familiar, evidencia que o contador perdeu espaço no governo para o grupo comandado pelo secretário de governo, Alysson Bestene. Parte deste grupo consta entre os titulares da nova comissão, como o coronel José Rosemar Andrade de Messias, Sub-chefe do Gabinete Militar, e Jonathan Donadoni, atual chefe da Casa Civil, que se aliou com a casta dominante.


A arenga entre Grandidier e Bestene vem desde as prévias das eleições deste ano, quando os dois disputavam a vaga de vice-governador na chapa de Gladson Cameli. O atrito foi tão grande, que Cameli decidiu de última hora descartar a dupla e escolher a senadora Mailza Gomes (PP), como a sua parceira de eleição.


A reportagem sondou interlocutores palacianos que afirmaram que o objetivo do governador era proteger Grandidier da guerra de bastidores. Ele é visto como uma pedra no sapato do grupo de Bestene por ter pensamentos e práticas diferentes. O estopim da crise interna do Palácio Rio Branco ficou ainda mais evidente quando Grandidier participava das reuniões internas e tentava dar o tom aos trabalhos, o que criava certo constrangimento entre os membros do núcleo duro do Palácio, tanto que o governador foi pressionado a instituir a comissão para definir de fato quem estaria dando as cartas no novo governo. Ainda não se sabe se Grandidier terá algum cargo de destaque em 2023, apesar de gozar de grande prestígio junto a família Cameli, principalmente em relação ao pai de Gladson, o empresário Eládio Cameli.


A nova comissão não conta apenas com os indicados políticos, mas também com a parte técnica como Andrey Cezar Holanda (Procurador do Estado), Ricardo Brandão (secretário de Planejamento), Marcos Antônio Santiago Motta (Procurador Geral do Estado), Paulo Cezar Santos (secretário de Segurança Pública) e José Amarísio Freitas de Souza (secretário de Fazenda).
A Comissão de Transição tem ainda como membro convidado o ex-deputado estadual e servidor de carreira da Sefaz, Luiz Calixto, que foi um dos mais ferrenhos cabos eleitorais de Gladson durante a campanha.


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Marcos Venicios

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