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Médico ginecologista Radson Araújo fala da saúde da mulher no Podcast da Jô

Falando sobre assuntos voltados para a saúde da mulher, o Programa da Jô edição Podcast desta segunda-feira, 24, entrevistou o médico ginecologista e obstetra, Radson Araújo.


Filho de uma costureira e um policial militar, o acreano de 30 anos, disse que antes de praticar a medicina, chegou a cursar Letras Inglês, pois tinha o sonho de ser diplomata, mas depois de um tempo, chegou aos caminhos da área médica, onde atua desde 2016.


Ele pensou na especialidade pois não queria trabalhar apenas em procedimentos cirúrgicos, mas estar também na parte clínica, com atendimento em vários ciclos da vida. “Quando eu comecei a fazer parto foi paixão”, comentou.


O profissional, que tem pós-graduação em ultrassonografia, iniciou a conversa falando sobre os benefícios da reposição hormonal, os sintomas e quando o público feminino precisa começar a utilização.


“Depois da pós-menopausa, que começa a partir dos 35 ou 40 anos o início do declínio hormonal. Geralmente a paciente não sente apenas o sintoma clássico, que é aquela onda de calor, que muitas nos procuram por isso. Algumas têm aumento de peso, indisposição, tem gente que perde a libido. Outro sintoma é a insônia ou o surgimento de doenças”, apontou.


Outro assunto debatido, foi o porquê mulheres engravidam usando o Dispositivo Intrauterino (DIU). Para isso, Araújo explicou que não existe um método 100% eficaz e mesmo as chances sendo mínimas, podem acontecer.


“Tendo em mente que todos os métodos tem uma taxa de falha, não é diferente com o Diu. Apesar de ser muita pequena as chances, já que a taxa é de 0,2%, o que seria 2 mulheres em 1000, mas a maior taxa de gravidez acontece com o uso do diu de cobre, com o seu deslocamento”, comentou.


Radson abordou também sobre a utilização da pílula do dia seguinte, eventualidade que não pode ser consumida como procedimento contraceptivo. “Tem pacientes que todo mês está ali usando e na verdade era pra ser uma emergência, uma exceção, vez ou outra. Porque a probabilidade de falhar vai muito além”.


Durante a conversa o médico mencionou ainda sobre os preconceitos da vasectomia, o que pode ser o odor mal cheiroso na vagina e corrimentos, manchas no corpo, e qual a causa e o que tem de atual para o tratamento da candidíase.


Sobre a infecção por fungos na vagina, o médico disse que podem ocorrer por várias possibilidades, como distúrbio alimentar, sedentarismo, a utilização de diu ou pílula, que pode desequilibrar o PH, assim como absorventes ou protetor de calcinha que aumentam a predominância do hormônio de estrogênio.


Além disso, ele falou sobre os mitos para o surgimento de câncer de mama, como o consumo de desodorante, pancada, sutiã apertado e prótese, mas para o clínico, a origem da doença está relacionada a outras questões.


“A origem do câncer de mama tem fatores genéticos e as vezes disposições ambientais, como alimentação, obesidade ou predominação genética, mas um dos principais fatores, tirando as mutações no corpo, consideramos que é a predominância do estrogênio. Engravidar depois dos 30 anos também pode ser uma consequência”, revelou.


Em um bate-bola, a entrevista finaliza com o médico respondendo sobre o ponto G feminino, a higiene após a relação sexual e se o ginecologista homem pode atender sozinho. Sobre a última questão, Radson respondeu que isso nunca deve acontecer.


“Não pode atender sozinho em hipótese nenhuma, nem homem e nem mulher. O médico quando ele vai examinar qualquer paciente, sempre deve estar acompanhado por um auxiliar de enfermagem, tanto para o respaldo dele mesmo, quanto para ter alguém ali para testemunhar o que aconteceu”, pontuou.


Assista o programa completo:


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