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Militar revela operação contra guerrilha peruana no Acre: “o exército mandou os melhores”.

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O suboficial Francisco Saraiva, mais conhecido como Carcará, lenda no grupo de Comandos Anfíbios (ComAnf), do corpo de fuzileiros navais da Marinha do Brasil, revelou ter participado de uma operação secreta do Exército Brasileiro no Acre, em 2004, que visava combater grupos guerrilheiros na região do Juruá, mais precisamente nas redondezas da Serra do Divisor. O testemunho foi dado ao podcast Fala Glauber, maior do Brasil no nicho militar.


A denominada Operação Timbó II aconteceu em 2004 e foi a primeira ocasião em que a elite de todos as divisões das forças armadas se reuniram para uma missão.


Segundo Carcará, havia uma intensa movimentação de contrabandistas e guerrilheiros que costumavam transitar por território de mata brasileiro com drogas pelos rios Azul e Môa. Durante o trajeto, era comum a intimidação e uso de violência em comunidades indígenas brasileiras isoladas, assim como roubos e torturas. Militares do próprio exército peruano teriam feito parte desses grupos criminosos.

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A partir de denúncia de lideranças indígenas, o Exército Brasileiro passou a integrar o supra sumo da elite militar para a operação. O treinamento específico para ocasião incluía a operação de emboscada e contra-guerrilha.


Ao entrar no terreno, os militares acabaram encontrando populações indígenas que sequer sabiam que eram brasileiras, pois pensavam estar no Peru.


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QUEM VAZOU A OPERAÇÃO?


“Quem precisava saber, sabia”, diz Francisco Saraiva ao comentar a natureza sigilosa da operação. Mesmo assim, os grupos criminosos ao sair do Peru para território brasileiro acabaram sendo informados da operação brasileira, e deram meia volta.


“A gente não sabe se foi o índio que avisou, ou se foi alguém do meio político simpatizante. Tem várias teorias”, diz Carcará ao ressaltar que as forças especiais do exército estavam já prontas para o confronto, “a área de matança estava pronta”.


Outra possibilidade é que integrantes das organizações criminosas em Cruzeiro do Sul, que recebiam drogas dos guerrilheiros, acabaram informando sobre a forte movimentação militar na região.


RESULTADO DA OPERAÇÃO


Apesar do vazamento da operação, Francisco acredita no sucesso da operação. Um trabalho de conscientização com aulas de geografia e palestras foi montado na região, que acabou por explicar aos moradores de sua naturalidade brasileira.


A experiência acabou culminando na instalação do batalhão do Exército Brasileiro que hoje é baseado na Serra do Divisor.


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