Maria da Conceição Martins Ferreira, conhecida por Mariah Valentina, então chefe de gabinete da vice-prefeita de Rio Branco Marfisa Galvão (PSD), foi surpreendida na manhã desta sexta-feira, 14, com sua exoneração assinada pelo prefeito Tião Bocalom (Progressistas) e publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE).
O ato oficial do prefeito causou claro desconforto no grupo de sua vice, Marfisa Galvão, tanto que a gestora resolveu se posicionar duramente contra a exoneração de sua assessora de confiança. De acordo com a vice-prefeita, a saída de Mariah é uma perda ao órgão municipal. “Hoje fui surpreendida com a demissão da chefe de gabinete da vice-prefeita Mariah Valentina. Confesso que estou muito triste e solidária a essa mulher, mãe, guerreira que tanto me ajudou nesses 1 ano de 10 meses de gestão”, escreveu.
Em uma clara mensagem de descontentamento, Galvão lamentou o fato de não poder manter sua então servidora de gabinete. “Como vice-prefeita não consegui manter a chefe de gabinete que tanto gosto e respeito. Infelizmente não tenho o poder de trazê-la de volta minha amiga”, lamentou.
O ac24horas apurou que o clima entre o prefeito Tião Bocalom e sua vice, Marfisa Galvão, não é dos melhores. Em setembro, fontes garantiram à reportagem que Galvão havia entregado o comando da secretaria de assistência social, porém, foi convencida a permanecer no cargo, amenizando o atrito momentaneamente.
Ao ac24horas, Mariah Valentina contou que sua demissão ocorreu devido a uma suposta perseguição por parte de “poderosos” que comandam a prefeitura de Rio Branco. “Enquanto o chefe da Casa Civil apenas fica no seu gabinete e não pensa na necessidade dos mais humilde, fui exonerada hoje por perseguição e preconceito por lutar, por cobrar que o secretário da casa civil [Valtinho José] desse suporte a população e que não deixasse faltar contratos. Essa gestão está sendo de perseguidores, não tem respeito”, declarou.
Valentina disse ainda que a gestão tem preconceito com “mulheres” e que muitas das demandas só são resolvidas graças à intervenção de Marfisa Galvão. “São preconceituosos com mulheres no poder”, comentou.
A reportagem procurou o diretor de comunicação da prefeitura de Rio Branco, Ailton Oliveira, que, na oportunidade, negou que a exoneração de Mariah tenha ocorrido por perseguição. “Cargo de confiança é assim, se você não estiver gostando, ou não está correspondendo, troca, não esse negócio de perseguição não”, declarou.
Oliveira, de forma mais concreta, afirmou a inexistência de qualquer tipo de perseguição na gestão pública municipal. “Cargo de confiança, a pessoa fica com ela ou não. CEC é cargo de confiança”, explicou.
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