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Professor é contratado por engano pela SEE e procura secretaria

O ex-vereador por Xapuri, Sebastião Teles de Andrade, conhecido popularmente pela alcunha de “Equi”, morador do bairro Sibéria, relatou ao ac24horas uma situação inusitada pela qual passou recentemente. Ele descobriu que havia sido contratado temporariamente pela Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) para o cargo de professor, contudo sem ter nenhum conhecimento a respeito do que se passava.


Atuando como professor na rede municipal de ensino de Xapuri, Equi conta que descobriu estar lotado na educação estadual a partir do momento em que os pagamentos começaram a cair na sua conta. No primeiro mês, em agosto deste ano, ele teve depositado na sua conta o valor de R$ 4.405,28. Como aguardava um pagamento de valor parecido oriundo do município, ele diz que não desconfiou de nada.


No mês seguinte, setembro passado, o professor teve novo depósito efetuado em sua conta bancária, no valor de R$ 2.874,50. Foi quando, estranhando o fato, resolveu conferir a origem dos depósitos e descobriu se tratar de pagamentos referente a salários procedentes da Secretaria de Educação. Ele diz que trabalhou como professor temporário para o Estado pela última vez no ano de 2014, tendo consciência de que o pagamento era indevido.


Depois de pedir orientação a um advogado, Sebastião Teles procurou a Secretaria de Educação para esclarecer o que estava acontecendo e devolver o dinheiro, que em parte já havia sido utilizado. Em Rio Branco, na Divisão de Vida Funcional da SEE, ele foi informado de que a contratação e os pagamentos indevidos se deram por “erro de digitação”.


A informação é confirmada em uma declaração assinada pela chefe da Divisão de Vida Funcional, Maine Augusta Rodrigues da Silva. O documento comprova que o ex-vereador e professor de Xapuri compareceu ao setor, na última terça-feira (11), com o objetivo de restituir ao erário os valores pagos indevidamente pela Administração Pública.


De acordo com o professor, ele estava lotado na escola Jader Saraiva Machado, no município de Porto Acre. Sebastião estranha o fato de ter sido posto em folha de pagamento sem ter participado de nenhum processo do tipo e ainda mais pelo fato de a contratação e a posse no cargo terem ocorrido em 7 de julho deste ano, em pleno período eleitoral.


Equi ainda relata que o fato está lhe causando prejuízos financeiros, uma vez que em razão de ter gastado parte dos recursos, foi obrigado a fazer um parcelamento para a devolução do valor. Ocorre que, segundo ele, a SEE exige receber o valor bruto, ou seja, a parte referente aos encargos sociais estão ficando por conta do professor que argumenta não ser culpado do erro da SEE.


“Eles querem que eu pague o valor bruto, e não o líquido, que caiu na minha conta. Assim, terei um prejuízo de mais de R$ 1 mil. Eu quero que eles revejam isso, pois não sou culpado do erro que eles cometeram. Além disso, tive despesas de deslocamento até Rio Branco para, de boa-fé, tentar resolver esse problema que não faço a menor ideia de como aconteceu”, afirma Sebastião.


A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria de Estado de Educação até o fechamento desta nota, mas obteve a informação, por fonte que pediu para ser preservada, de que o contrato do professor já foi encerrado. O ac24horas permanece à disposição da SEE para outros esclarecimentos que se façam necessários a respeito do caso.


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