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Na derrocada dos partidos tradicionais, salvou-se o PP velho e cansado de guerra 

A ELEIÇÃO que se encerrou no último domingo deixou um recado duro nas urnas para os partidos mais tradicionais do estado, o de que precisam se reinventar se quiserem retornar ao poder. O MDB, que tinha os deputados federais Flaviano Melo e Jéssica Sales, não conseguiu reeleger nenhum deles. A sua candidata ao governo Mara Rocha (MDB), amargou uma terceira colocação com baixa votação. O PSDB, também, não conseguiu eleger um deputado federal. Limitou-se à eleição do deputado Luiz Gonzaga (PSDB) para mais um mandato na ALEAC, e mais por mérito próprio do que pela força do partido.


O PT, depois de 20 anos no poder, saiu da campanha com status de nanico. Perdeu para governador, para senador, e não fez um deputado estadual e nenhum federal. E, todos esses partidos citados tiveram seus dias de glória no poder.


O PDT ainda conseguiu eleger quatro deputados estaduais, a Michelle Melo, Pedro Longo, Luiz Tchê e Chico Viga; mas em compensação, não reelegeu Jesus Sérgio, seu único deputado federal.


O único que escapou da degola das urnas foi o PP velho e cansado de guerra; que saiu com o saldo da eleição da vice-governadora Mailza Gomes; elegeu os deputados estaduais Maria Antônia, Nicolau Junior e Manoel Moraes; e para a Câmara Federal a Socorro Neri (a mais votada da eleição), Zezinho Barbary e Gérlen Diniz; e para fechar a sua festa com chave de ouro, viu seu candidato Gladson Cameli ser eleito no primeiro turno. Como se diz no velho ditado: “Ao vencedor, as batatas!”. O PP foi o grande vencedor da eleição, fez barba, cabelo e bigode. As urnas falaram.


NÃO PEGOU BEM


TENHO o maior respeito pela deputada federal Jéssica Sales (MDB), como uma mulher altiva, e uma política atuante e honrada; mas não pegou bem se oferecer para ser secretária de Saúde do governo do Gladson Cameli.


NÃO VAI VINGAR


ONTEM, diversos integrantes da velha guarda do MDB, me ligaram sobre nota no BLOG, para reagirem contrários à hipótese do deputado eleito Emerson Jarude (MDB) vir a ser o novo presidente do MDB.


CHEGOU ONTEM


O ARGUMENTO principal é que o Jarude chegou ontem no MDB, e a sua escolha seria um atropelo às lideranças antigas do partido. Deu para sentir nas conversas, ser o ex-prefeito Aldemir Lopes, o nome preferido no partido.


A PEDRA FOI CANTADA


NO INÍCIO da reta final da campanha os dirigentes do PT foram informados pelo deputado Daniel Zen (PT), que a federação PT-PCdoB-PV, dificilmente, elegeria dois deputados estaduais. A chapa era fraca e sem recursos. Ainda tentaram uma “operação salva o Zen,” mas foi muito tímida e o PT não reelegeu um de seus quadros mais brilhantes. O PT terá que se reinventar, no estado.


ENXURRADA DE CANDIDATOS


NO ACRE é assim, termina uma eleição e já emenda na outra. Jenilson Leite (PSB), Ney Amorim (PODEMOS), Emerson Jarude (MDB), são nomes que começam ser citados nas rodas para disputar daqui dois anos a PMRB.


É MUITO TEMPO


NINGUÉM pense que derrotar o prefeito Tião Bocalom será como tomar sorvete de criança; tem dois anos de gestão, tempo suficiente para chegar bem avaliado na briga pela reeleição. Além do fato de estar na máquina. 


FICARÁ COM O PL


COM o senador eleito Alan Rick (União Brasil) com uma mão na presidência do partido; e o REPUBLICANOS podendo ir para o comando da deputada federal eleita Antônia Lúcia; o senador Márcio Bittar (União Brasil) deve ter como destino o PL, presidido pela Márcia Bittar.


NÃO É O TAMANHO


O TAMANHO político do senador Márcio Bittar (União Brasil), não pode ser medido pela votação a governador. Fez uma campanha meia boca e entrou apenas para ajudar a candidatura da Márcia Bittar (PL) ao Senado.


SAIU FORTE


A PREFEITA Fernanda Hassem, saiu forte em Brasiléia, com a eleição do irmão Tadeu Hassem (REPUBLICANOS) a deputado estadual; o que a deixa em boa situação política no município, para fazer o sucessor em 2024.


GOSTE-SE OU NÃO


GOSTE-SE ou não da sua administração, da sua maneira de fazer política, mas um fato não se pode negar: a que ela saiu da eleição como a maior liderança de Brasiléia.


COMEÇAR DO ZERO


TIVESSE saído a deputado estadual, como estava encaminhado, por certo o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT) teria sido eleito, e estaria num mandato para se projetar. A roubada da vice o fará a começar do zero.


NENHUM COMPROMISSO


O DEPUTADO Luiz Gonzaga (PSDB), o único da sigla a se reeleger, não tem nenhum compromisso partidário; porque a atual direção quis vetar a sua candidatura.


DITO E FEITO


NO MEIO da campanha, o deputado Manoel Moraes (PP) me disse que, dificilmente, os ex-deputados teriam sucesso em voltar à ALEAC. Dito e feito, naufragaram.


O JOGO FOI PESADO


CONFESSO que nunca vi um rolo compressor financeiro como nesta eleição a deputado federal. O que se ouvia falar na campanha, era sempre de acordos milionários.


LIVRE PARA GOVERNAR


O QUE mais deixa o governador Gladson livre para escolher com quem vai governar no segundo mandato, é que a sua eleição não se deve a nenhum cacique político, a grupos, mas à sua empatia com a população.


COMPRA DE VOTOS INSTITUCIONALIZADA


A PRÁTICA da compra de votos sempre correu solta no Acre, nos últimos vinte anos; mas com o Fundo Eleitoral milionário, a compra ficou institucionalizada nesta eleição, principalmente, na disputa de deputado federal.


NÃO FOI CULPA DA CAMPANHA


PODEM TEREM FEITO igual, mas nenhum candidato fez uma campanha mais encorpada do que a do candidato a governador, senador Sérgio Petecão (PSD). Fez tudo dentro do figurino, mas o eleitor não quis votar nele. As urnas são e serão sempre enigmáticas.


SABEDORIA DO NABOR


“ESSA GAROTADA nova não me conhece, é hora de sair da política”. Frase sábia dita pelo ex-governador Nabor Junior (MDB), após a sua derrota para o Senado.


SITUAÇÃO PARECIDA


A derrota agora do deputado federal Flaviano Melo (MDB), foi algo parecido. Foi um bom governador, bom prefeito, mas isso ficou no passado e não é de conhecimento da nova geração de eleitores.


EXPLICAÇÃO SUPIMPA


UM AMIGO candidato a deputado estadual (não cito o nome por ter sido numa conversa informal), foi supimpa na resposta, quando lhe perguntei por qual razão perdeu: “Por um fato bem simples, eu tive menos dinheiro para comprar votos do que os outros”.


FRASE MARCANTE


“Quando mil pessoas afirmam uma coisa, ou é a voz de Deus ou uma grande besteira”. Ditado italiano.


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