O governador reeleito, Gladson Cameli (Progressistas), concedeu entrevista ao Gazeta Alerta, da Rede Gazeta, nesta terça-feira, 4, para agradecer os votos obtidos no pleito eleitoral, falar de propostas para a próxima gestão e repassar duros recados ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom – afastado do Progressistas.
Questionado sobre a possibilidade de fazer aliança em prol de melhorias para a capital do Estado, Gladson foi curto e grosso, afirmando que, mesmo chateado com os ataques do gestor na campanha, de sua parte existe diálogo para as parceiras, porém, indagou se haveria interesse da parte de Bocalom. “É possível, e de minha parte tudo é possível, eu desci do palanque. Agora tem que perguntar se é possível da parte dele descer do palanque e parar com o que ele fez nas eleições com ataques pessoais a minha pessoa. O que está em dúvida sobre a minha família, a justiça vai provar”, ressaltou, dizendo que deverá ajudar o prefeito na recuperação de vias públicas.
“Quero que o Bocalom seja feliz, vou ajudar a tapar os buracos, melhorar a visibilidade da cidade. Eu não tenho problemas, fiz parceria com todos os prefeitos. O que não dá é fazer um campo de guerra como foi feito. Agora, vamos fazer parcerias, Rio Branco está acima de tudo e qualquer situação”, disse.
Cameli aproveitou a oportunidade para dar boas vindas aos novos deputados estaduais eleitos no último domingo, contudo, mandou um duro recado a sua nova base no Parlamento Legislativo – deixando claro que não vai tolerar deputado da base contra os interesses do governo. “A relação como sempre tive, de respeitar as opiniões e não querer impor nada. As coisas vão ter que melhorar, o relacionamento com a política, não vai ser mais venha nós como vosso reino não. Quem é base é base e pronto, quem é aliado tá pela livre e espontânea vontade, quem não quer, me desculpa, a porta é a serventia da casa, até porque as urnas deram um recado muito grande a certos tipos de políticos”, mencionou.
Sobre as eleições deste ano, Gladson se mostrou chateado com os ataques dos adversários. Segundo ele, não houve proposições de ideias em prol da população e sim ataques pessoais. “O que eu vi, um candidato que representa um grupo que ficou 20 anos onde tudo que estou pagando foi deixado por eles e os demais com ataques pessoais. Essa velha política não funciona mais. Eu entendi o recado das urnas desde 2018”, comentou.
Aos adversários nas eleições deste ano com mandato, Gladson avisou que pretende contar com o apoio dos parlamentares na sua próxima gestão. “Eu recebi uma ligação ontem do deputado federal eleito, Roberto Duarte, que se colocou à disposição para ajudar o Estado. Já conversei com o senador Márcio Bittar, gente, acabou a eleição, o Acre está em primeiro lugar, não existe mágoa, rancor, eleição é eleição”, encerrou.