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Quando os números mostram o que você vê, fica mais fácil.

Por
Valterlucio Campelo

As pesquisas eleitorais tem servido para tudo ao longo do tempo, inclusive, embora raramente, para retratar a verdade, posto que na maioria das vezes, é utilizada por quem as paga para impulsionar algumas candidaturas e desestimular outras. Já falamos disso e não é segredo pra ninguém que há muita manipulação por aí, algumas delas tão flagrantes que desmoralizam os institutos, como aconteceu com um famoso que teve até que mudar de nome, como um criminoso que arranja uma alcunha para continuar delinquindo.


Quando as pesquisas são manipuladas elas se tornam uma espécie de amparo da mentira, funciona para dar racionalidade a teses infundadas. O corre que, como toda mentira, ela só vige se for dotada de algo que remonta aos filósofos sofistas da antiguidade, ou seja, é rigorosamente necessário que haja verossimilhança com os fatos reais. É condição básica. Se não tiver isto, perde credibilidade e seus objetivos não são alcançados. A verossimilhança é a alma da verdade, embora muitas vezes seja utilizada pela mentira.


É o que presenciamos atualmente com determinadas pesquisas vinculadas a certo grupo de jornais e TV’s. Sai uma pesquisa tal e, em cima dos números manipulados sob a capa protetora da “metodologia empregada”, os resultados são propagados maximamente, dando a impressão de que são reais. No caso presente, o ex-presidiário petista Lula da Silva já estaria eleito no primeiro turno. Quem disse? As TV’s e jornais. Com base em quê? Nas pesquisas que eles mesmos pagaram. 


E a verossimilhança? Bem, aí é que está o imbróglio. Se não houvesse campanha e livre manifestação popular, se vivêssemos em algum país socialista nos quais elas são proibidas, jamais saberíamos, teríamos que comer no prato da mídia oficial (ou oficialesca, dá no mesmo). Ocorre que apesar dos “iluministros”, somos livres e é aí que a verossimilhança da notícia vai pro espaço. As noticia-pesquisas não batem com as ruas, com as manifestações, com os ajuntamentos populares, com a realidade socioeconômica brasileira. Ainda que tentem, com ajuda da justiça, impedir que sejam propagadas, as imagens do Brasil são claríssimas, inegáveis. As ruas estão com Bolsonaro e todos os dias o demonstram, detonando as pesquisas e, com elas, a mentira propagada à larga. Enquanto isso, o ex-presidiário faz campanha em ambientes controlados.


Nesta sexta-feira, 23 de setembro, saiu (quadro acima) uma nova pesquisa da Brasmarket, instituto desvinculado da velha mídia, que rotineiramente faz avaliações para uma associação de supermercados. Os resultados são diametralmente opostos aos que vemos nos jornais e TV’s. À primeira vista, o sujeito que não desgruda da TV poderia dizer que são tendenciosos. Como podem ser mais verdadeiros do que William Bonner? É aí que surge, vigorosa, dona da verdade, vossa excelência a verossimilhança.


Os dados da Brasmarket são a cara das ruas. Cabe ao cidadão escolher em que acredita, se nos seus olhos – manifestações nas ruas, ou no William Bonner. Com quem está a verossimilhança? Quem parece estar falando a verdade? Que dados guardam coerência com a realidade observada?


Segundo os dados do quadro acima, na comparação com a pesquisa anterior da Brasmaket, Bolsonaro aumentou a popularidade junto ao eleitorado, (antes era de 43,5%). Já Lula, que antes tinha 30,5% das intenções, também aumentou menos de um ponto percentual. Ciro Gomes e Simone Tebet apresentaram uma redução, dado que antes somavam 7,6% e 4,6%, respectivamente. 


A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de identificação “BR-00580/2022”. Ao todo, foram ouvidas 2.400 pessoas por meio de entrevistas telefônicas, com aplicação de questionários estruturados e padronizados junto a amostra representativa da população pesquisada.


Resumo: Bolsonaro cresceu um pouco, Lula cresceu um pouco e os outros dois perderam um pouco, o que ratifica a polarização evidente nas ruas. Mais. Com esses números, considerando-se apenas os votos úteis, Bolsonaro em ascendência pode ganhar no primeiro turno, o que, aliás, explica o desespero verificado nos últimos dias quando o PT recorre aos “artistas” e aos próprios adversários (Ciro e Simone) em campanha pelo voto útil. Também dá razão ao Presidente que vem afirmando como certa a vitória no primeiro turno. Enfim, os dados parecem retratar os fatos.


Resta saber se, coerentemente com as ruas e pesquisas como esta, os resultados do botãozinho do TSE acenderá a vitória de Bolonaro ou, se, por algum motivo alheio a quem não manja de tecnologia da informação e, menos ainda de computadores monstruosos, o ex-presidiário será ungido em obediência ao consórcio midiático progressista e William Bonner sabe mais que o povo. A ver em 02 de outubro.


Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Puggina, na revista Navegos e outros sites.


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