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Síndromes respiratórias causadas pela Covid-19 têm menor patamar desde o começo da pandemia

O atual cenário dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil é o melhor desde o começo da pandemia. Os registros, especialmente aqueles relacionados à Covid-19, estão nos níveis mais baixos desde o início da crise sanitária, segundo o novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (15).


Os dados analisados, referentes à Semana Epidemiológica 36, período de 4 a 10 de setembro, mostram que a queda no número de casos de SRAG contínua, tanto nas tendências de curto quanto de longo prazo. Os números são inferiores aos de abril passado, que eram os mais baixos desde março de 2020.


O estudo da Fiocruz mostra que o crescimento das síndromes respiratórias entre crianças e adolescentes observado na virada de julho para agosto já dá sinais de interrupção ou reversão para queda em diversos estados do país.


Dados laboratoriais não indicam associação com a Covid-19, sugerindo efeito de outros vírus respiratórios comuns ao ambiente escolar, possivelmente por conta da retomada das aulas após o período de férias.


Apesar do cenário positivo, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta para a necessidade de atenção ao número de casos no final do ano, já que as viradas de 2020 para 2021 e de 2021 para 2022 resultaram em um aumento de incidência de SRAG.


“Não podemos afirmar categoricamente se vamos ter um final de ano tranquilo dessa vez, porque ainda estamos aprendendo com a Covid. Ela ainda não mostrou um padrão claro de sazonalidade. Por isso, é importante estarmos atentos, para podermos agir o mais rápido possível caso tenha novamente um aumento importante”, pontuou.


Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 5,9% Influenza A, 0,4% Influenza B, 6,7% vírus sincicial respiratório, e 63,0% SARS-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,0% vírus sincicial respiratório (VSR), e 93,2% SARS-CoV-2.


Estados e capitais


O Boletim indica que dos 27 estados brasileiros, apenas Amapá, Ceará, Espírito Santo e Roraima apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 36. Em todos esses estados, o sinal é compatível com oscilação em torno de patamar estável.


Entre as capitais, seis das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 36: Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Teresina (PI), embora na maioria compatível com cenário de oscilação. Nas demais, o sinal é de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo, e de estabilidade nas semanas recentes (curto prazo).


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