A candidata ao governo do Acre pelo MDB, Mara Rocha, foi entrevistada pelos jornalistas do ac24horas na noite deste sábado, 10, e apresentou as propostas de seu plano de governo em busca da eleição. Aos 49 anos, é mãe, empresária, jornalista e nas eleições de 2018 foi a candidata a deputada federal mais votada, com mais de 40 mil votos.
Para ela, essa candidatura ao governo não é pessoal, nem do partido, mas de todos aqueles que desejam ver um Acre diferente e com oportunidade. “Antigamente as pessoas vendiam tudo que tinham para investir aqui. Hoje vemos o caminho inverso: as pessoas estão indo embora do nosso estado por falta de oportunidade”.
Mara afirmou que o governo da florestania trouxe miséria ao Acre e o último governo se mostrou inerte, pois nada fez. “Precisamos mudar a realidade do nosso estado, virar esse ciclo da política do atraso, que só fechou o estado e não trouxe empresas para investir aqui. Nós queremos um Acre melhor, e não tem como mudar se não for através da política”.
Saúde e Educação
A candidata destacou que a área da saúde deve mudar no Acre e, para isso, o primeiro passo é valorizar o servidor público. “São pessoas que dão o melhor de si, mas não têm condições mínimas de trabalho”. Declarou ainda que falta humanização na saúde pública. “Eu, Mara Rocha, vou humanizar a saúde. Vamos fazer um governo humano, que se preocupa com as pessoas e acabar com a corrupção na saúde, além de melhorar a média e alta complexidade nos hospitais”.
Rocha comentou sobre a falta de professores nas salas de aula, falta de merenda e transporte escolar na zona rural. “Temos que cuidar do futuro do país, que são as crianças. Precisamos trazer as crianças para a sala de aula”. A candidata pretende implementar de forma gradativa três refeições para os alunos.
“Vivemos num estado em que as pessoas estão passando fome. Lá [na escola] o aluno vai ter café, lanche e almoço”, argumentou. Mara quer também ampliar as escolas de ensino integral e militares nas áreas de maior vulnerabilidade, valorizar o professor e ofertar cursos profissionalizantes aos estudantes.
Infraestrutura e geração de emprego
A emedebista garantiu que irá dar apoio ao agronegócio e à produção em geral na área econômica. “Vamos utilizar recursos para dar capacitação e assistência técnica ao produtor rural”. Segundo ela, seu governo vai abraçar o pequeno e médio produtor rural.
“A construção civil é uma das formas mais rápidas de gerar emprego e nós vamos fazer isso no nosso governo, com obras importantes nos 22 municípios”. Mara relatou que seu plano é priorizar três pilares: melhorias de ramais, regularização fundiária e assistência técnica aos produtores rurais do estado.
Segurança Pública
Mara Rocha esclareceu que seu projeto de governo tem uma sequência de metas em relação ao melhoramento da segurança pública. “O primeiro é apoiar o Proerd, depois segundo apoiar e retomar a polícia comunitária, bem como humanizar a segurança”.
Para ela, a polícia tem que ser amiga da população. “Vamos voltar com o serviço de guarda nas fronteiras para fortalecer a segurança. Humanizar os presídios com cursos profissionalizantes aos detentos, criar um ambiente de recepção para as famílias”.
Mara também falou que seu governo irá retomar a secretaria da Mulher “para dar a elas as condições que precisa, fazer políticas públicas para que de fato a mulher se sinta amparada e protegida”.
Pergunta do internauta
Marcos Antônio, morador do Xavier Maia, questionou quais os planos da candidata para cuidar dos dependentes químicos que transitam pelo Centro de Rio Branco. Para Mara, trata-se de mais um reflexo da situação atual do estado.
“A gente já abraçou essa causa. Em meu mandato como deputada federal, alocamos mais de R$ 2 milhões para casas de recuperação de dependentes químicos. E em nosso governo vamos abraçar todas as casas terapêuticas. Como governadora poderei fazer muito mais”.
Temas livres
A candidata se disse decepcionada em ter acreditado no atual governo, que, segundo ela, trouxe de volta a corrupção ao estado. “Não podemos tolerar corrupção de maneira nenhuma. Queremos ver o dinheiro público ser bem empregado”.
Rocha revelou o que a levou de fato a romper com o governo no primeiro sexto mês de gestão. “Indiquei uma pessoa, achava que ia ser um bom secretário, mas estava perseguindo nossos produtores rurais. O governador, ao saber disso, fez foi abraçá-lo”.