Categories: Destaque 7 Notícias Política

Acre já perdeu ao menos R$17 milhões com redução do ICMS

Por
Edmilson Ferreira

Apuração do ac24horas estima que o Acre já perdeu ao menos R$ 17 milhões em receita com a redução do ICMS dos combustíveis. Os valores serão atualizados e incluídos em relatórios oficiais.


Apesar de ter ocorrido há mais de um mês, o corte no ICMS não refletiu na arrecadação em julho. Os fatos geradores de julho só começaram a ter reflexo em agosto.


A perda de arrecadação é mais sentida em energia, comunicação e combustível mas o cálculo final deverá apresentar perda muito maior porque a arrecadação do imposto nos setores de indústria e comércio seguram perdas maiores.


Se o prejuízo impõe diminuição de receita o faz também em relação aos gastos. O Estado gasta aquilo que arrecada, lembra a Secretaria de Fazenda do Acre.


Essa tendência é chancelada pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas (Dieese) através da nota técnica 270, de agosto deste ano.


Em nota técnica publicada recentemente, o Dieese diz que é possível concluir que a lei complementar 194/2022, apesar de ter sido criada com o intuito de reduzir o impacto de alguns bens e serviços essenciais na inflação verificada nos últimos dois anos, talvez não cumpra o objetivo a que se propõe e ainda signifique redução de arrecadação para estados e municípios, com prejuízos expressivos para a sociedade, principalmente nessa conjuntura adversa, de baixo crescimento econômico, elevado desemprego e maior pressão sobre os serviços públicos.


No caso dos combustíveis e derivados de petróleo, diz o Dieese, sem a mudança na política de Paridade de Preços de Importação (PPI), adotada pela Petrobras, os aumentos continuarão tantas vezes quantas forem as elevações no preço do petróleo no mercado internacional.


E mesmo que as altas na cotação do barril do petróleo não sejam tão recorrentes, há também o efeito do câmbio, uma vez que parte dos combustíveis utilizada no país tem sido importada, devido ao desmonte do parque de refino, a partir da decisão da petrolífera de vender metade das refinarias. Cabe destacar que, com a política de “desinvestimento”, em curso desde 2016, o governo também perde controle sobre os preços dos combustíveis como um todo, uma vez que a partir da privatização, as empresas que adquirem as refinarias podem adotar a própria política.


“Também existe forte possibilidade, mesmo com as compensações previstas para estados e municípios, de que haja perda de receitas, o que vai trazer impactos diretos sobre a quantidade e a qualidade dos serviços ofertados, especialmente na educação e saúde. Em resumo, pode ser uma medida com pouco efeito e de duração limitada, mas com consequências danosas e duradouras sobre as finanças estaduais e municipais, ferindo o pacto federativo, ao reduzir a autonomia dos estados sobre a própria política tributária”, diz a NT do Dieese.


Share
Por
Edmilson Ferreira

Últimas Notícias

  • Cotidiano

Sexta será marcada por sol, nuvens e chuvas pontuais no Acre

A sexta-feira, 10, no Acre terá variação entre sol e nuvens, com chuvas pontuais que…

10/01/2025
  • Cotidiano

Sine oferece 167 vagas de emprego nesta sexta-feira no Acre

O Sistema Nacional de Emprego do Acre (Sine) está disponibilizando 167 vagas de emprego nesta…

10/01/2025
  • Destaque 2

Histórias sobre duas rodas: Kennedy e o reciclador Manoel

As pedaladas do videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, têm se tornado uma verdadeira vitrine de…

10/01/2025
  • Destaque 3

Ministério da Saúde monitora casos de arboviroses no Acre

Com o crescente número de casos de dengue no Acre, para ampliar o monitoramento das…

10/01/2025
  • Acre

Rio Acre sobe mais de 2,5 metros em 24 horas e dá sinal de alerta

O nível do Rio Acre voltou a subir de forma muito rápida na capital acreana.…

10/01/2025
  • Extra Total

Receita bloqueia FPM de R$ 600 mil e salários da Prefeitura de Feijó podem atrasar

O prefeito Railson Ferreira (Republicanos) se deparou com uma situação grave na prefeitura de Feijó…

10/01/2025