O governador Gladson Cameli (Progressistas), junto com a candidata a vice, senadora Mailza Gomes e o candidato ao senado da República, Ney Amorim (Podemos), esteve reunido em agenda de campanha no restaurante Tardezinha, na manhã desta segunda-feira, 29, com representantes do polo madeireiro para tratar de propostas positivas para a geração de emprego e renda, mas, com foco na sustentabilidade ambiental.
Mais de 20 empresários do setor madeireiro compareceram ao encontro por intermédio de André Hassem, ex-diretor do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). Na ocasião, André disse que no governo de Gladson Cameli, houve um crescimento acima de 50% de novas empresas de madeira no Acre. Segundo ele, o setor representa hoje o maior PIB no Estado. “O primeiro PIB do Acre é da madeira desde 2019, gerando bilhões em negócios. Eram 3 madeireiras em 2019 e hoje são 22 funcionando no Acre”, declarou.
Em seu discurso, o chefe do executivo acreano garantiu aos empresários que almeja, caso eleito, valorizar o trabalho dos empresários, diminuir as burocracias e ajudar na geração de emprego e renda para o povo acreano. “Não quero perseguição aos empresários, quem tem uma serralheria, quero que abra 10 no Estado. A geração de emprego é minha bandeira de campanha”, comentou.
Cameli aproveitou a oportunidade para alfinetar a gestão do PT. De acordo com dados expostos, o governo de Sebastião Viana deixou uma dívida milionária. “Foram pagos mais de R$ 6 bilhões de dívidas deixadas pelos governos petistas, sendo R$ 63 milhões com folha de pagamento atrasado”, relembrou, dizendo que 69% da população do Estado vive com menos de dois salários mínimos. “Quero mudar essa realidade”.
O presidente da Assembleia Legislativa, candidato à reeleição, Nicolau Júnior (Progressistas), disse que o governo tem um compromisso com a classe madeireira desde o início da gestão estadual. Junior contou que o setor gera mais de 5 mil empregos. “Eles trabalham na legalidade, eles tem um manejo. O Acre é um exemplo para o resto do Brasil. Isso é fruto do trabalho do governo”, ressaltou.
O candidato ao senado da República, ex-deputado estadual Ney Amorim, usou sua fala para defender a classe produtiva de madeira no Acre. Segundo ele, o pensamento na área ambiental do PT é um retrocesso. “A importância dessa reunião para nós [Gladson Cameli e Mailza Gomes] é muito proveitoso. O setor madeireiro, eu vivi isso lá atrás, eles [madeireiros] já vinham tentando mudar a mente, mas não dava”, explicou.
Amorim falou ainda aos empresários que é defensor da derrubada da madeira, porém, com responsabilidade ambiental. “Deixa a floresta em pé, não mexe na floresta. Como o pai vai fazer isso para comprar coisas aos filhos. Sou a favor do equilíbrio, temos que ter manejo gerando emprego e renda. Se não tivermos um setor privado forte e parceiro, o governo não anda. O Gladson está valorizando a classe”, argumentou.
Ney aproveitou o encontro para alfinetar os demais senadores do Acre que concorrem ao governo. “Estavam todos do mesmo lado até dia desse. O Gladson disse que precisa de um senador que possa confiar em Brasília”, desabafou.