O alto índice de queimadas e a incidência de muita fumaça sobre o estado do Acre tem feito com que os acreanos estejam com os pulmões respirando como se fossem usuários da nicotina, tamanho efeito prejudicial causado pela densa cortina de fumaça que paira sobre as cidades acreanas. A informação foi dada pelo médico especialista em alergia e imunologia Guilherme Pulicci, durante entrevista concedida à Rede Amazônica, na Tv Acre.
De acordo com o profissional da saúde, trata-se de um momento que preocupa bastante. Estudos mostram que quem mora na capital tem um pulmão equivalente ao de um fumante. “Pois inala bastante poluentes tóxicos e dolosos, tanto para o sistema respiratório, como imune. Há indícios de aumento de infarto, AVC nessa época atribuível a esse problema”.
Segundo o especialista, “são muitas as doenças causadas pela fumaça e o ar poluído, que afetam a saúde, principalmente de idosos e crianças”, informou. O médico deu dicas de como minimizar os efeitos desse clima. “Tem de hidratar bem, tomar bastante líquido, evitar exposição à fumaça, que é maior no horário do almoço”.
Além disso, uma boa alimentação ajuda a evitar o agravamento das doenças respiratórias. “Pedimos que as pessoas tomem bastante cuidado com uso da automedicação, principalmente aos portadores de doenças crônicas”, relatou Pullici.
O Acre tem sofrido com baixa umidade do ar e calor excessivo nas últimas semanas. Uma umidade abaixo de 60%, já é considerada em situação de alerta e o estado tem marcado 40% aliada a mais de 34ºC diariamente. “Medidas caseiras também ajudam as pessoas, como deixar toalha molhada, bacia com água no quarto, uso de soro fisiológico nasal, tudo isso ameniza os efeitos da fumaça”, explica o médico.